O governador Cláudio Castro (PL) causou polêmica ao classificar a megaoperação que resultou em pelo menos 124 mortos, incluindo quatro policiais, como um “sucesso”. Em meio a críticas e controvérsias, Castro afirmou que “de vítimas lá só tivemos os policiais”. A declaração ocorreu após o governador se reunir com integrantes da cúpula da segurança pública do estado e governadores de direita aliados para avaliar a operação contra o Comando Vermelho.
Enquanto o governador fazia tal afirmação no Palácio da Guanabara, corpos eram levados por moradores das favelas para a Praça São Lucas, na Zona Norte do Rio, para serem identificados no Instituto Médico Legal (IML). A situação gerou impacto na sociedade e na política do estado, abrindo margem para questionamentos sobre os resultados e desdobramentos da megaoperação.
Após a reunião com os governadores aliados, Castro destacou a importância da integração entre os estados no combate à criminalidade e afirmou que sua gestão não se dobrará a pressões políticas. Ele ressaltou a necessidade de foco, integração e financiamento para garantir a segurança dos cidadãos fluminenses e brasileiros, sem entrar em disputas partidárias.
O governador também prestou solidariedade aos familiares dos quatro policiais que perderam a vida na operação, enfatizando que, além deles, não houve outras vítimas a lamentar. Castro reforçou a determinação de combater a criminalidade e destacou a importância de se unir em prol de um objetivo comum, deixando claro que qualquer ajuda externa deve ser focada na segurança e no bem-estar da população.
Quanto ao número de mortos oficialmente divulgado, Castro informou que, até o momento, são 58 mortos, sendo 54 suspeitos e os quatro policiais. Ele ressaltou que esses dados ainda podem sofrer alterações à medida que as perícias forem concluídas. O governador também rejeitou a ideia de ter pedido ajuda ao governo federal, afirmando que a decisão de uma intervenção federal seria responsabilidade do Planalto.
Diante da repercussão e das críticas recebidas, Castro reforçou a importância da colaboração e integração entre os estados no enfrentamento ao crime organizado. A possibilidade de uma reunião dos governadores para discutir medidas de segurança foi mencionada, destacando a importância da união entre os estados no combate à criminalidade. No entanto, o governador negou que tenha sido discutida a PEC da Segurança durante o encontro.
Em meio a um cenário de polêmicas e controvérsias, a declaração de Castro gerou reações diversas e levantou questões sobre a abordagem da segurança pública no estado. A sociedade segue atenta aos desdobramentos e às medidas a serem tomadas, em busca de respostas e soluções para a questão da criminalidade no Rio de Janeiro.




