Parte das imagens capturadas pelas câmeras corporais de agentes durante a megaoperação nos complexos da Penha e Alemão, realizada recentemente, pode ter sido perdida devido à falta de bateria. De acordo com o secretário da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Marcelo de Menezes, a vida útil das baterias dessas câmeras é de aproximadamente 12 horas. Durante uma coletiva de imprensa, o secretário destacou que a preparação para a operação teve início às 3h da manhã daquele dia.
Com a descoberta de dezenas de corpos em uma área de mata, a operação resultou em mais de 120 mortes, incluindo a de quatro policiais. Além disso, foram apreendidos 91 fuzis e mais de 110 pessoas foram presas. Menezes ressaltou que as armas apreendidas serão submetidas à perícia para comprovar a ligação com grupos criminosos atuantes na região.
Durante a ação, foi implementado um “muro do Bope” para encurralar os criminosos na área de mata dos complexos da Penha e Alemão. A presença de tantos corpos na mata surpreendeu as autoridades de segurança, que não foram informadas previamente sobre essa situação. Dessa forma, não houve auxílio na remoção dos corpos por parte dos órgãos públicos.
A segurança da população é uma prioridade, e o secretário Victor Santos destacou que as denúncias de tortura e violações de direitos humanos durante a operação serão investigadas rigorosamente. De acordo com Santos, a polícia está sujeita a uma fiscalização intensa, com o objetivo de garantir a transparência e a legalidade em suas ações.
A remoção dos corpos encontrados na mata foi realizada principalmente por familiares das vítimas, antes mesmo da polícia ter conhecimento da situação. O delegado Carlos Oliveira, subsecretário de planejamento, explicou que a polícia civil segue protocolos específicos para lidar com casos como esse, acionando a Delegacia de Homicídios para as devidas providências.
Diante de toda a repercussão da megaoperação e das questões levantadas sobre a atuação da polícia, é fundamental que haja transparência e rigor nas investigações sobre o ocorrido. O trabalho das autoridades de segurança deve ser acompanhado de perto para garantir a justiça e o respeito aos direitos humanos.




