Motta avalia criar comissão externa de parlamentares para acompanhar crise na segurança do Rio
Uma comissão externa pode ser formada de forma temporária e fora do ambiente da Câmara. O estado do Rio de Janeiro testemunhou nesta terça-feira a operação policial mais letal de sua história. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-RJ), indicou a alguns parlamentares que sua intenção é estabelecer, ainda nesta semana, uma comissão externa para monitorar de perto a crise na segurança pública do Rio de Janeiro.
A notícia foi confirmada aos repórteres da GloboNews por três deputados que se reuniram com Motta a partir desta terça-feira, dia da operação policial contra a facção CV que resultou em mais de 120 óbitos – o episódio mais fatal até o momento no estado. Tais comissões externas funcionam de maneira temporária e fora dos limites da Câmara. O grupo pode ser formado por decisão do presidente, de forma automática ou mediante solicitação de algum deputado.
Ao longo da terça-feira (28), Motta declarou que está acompanhando de perto a operação de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro. “Reiteramos nosso comprometimento com os projetos de segurança pública e de enfrentamento à violência – uma das grandes preocupações da população brasileira”, compartilhou em suas redes sociais. “Sob minha gestão, a Câmara aprovou aproximadamente 30 propostas nessa área, incluindo o reforço no combate às organizações criminosas, a criminalização da dominação de territórios e a proteção dos agentes públicos envolvidos no combate ao crime organizado”, complementou o presidente.
Durante uma sessão plenária, Motta mencionou que o governo ainda não encaminhou o projeto contra as facções, que está sendo analisado pela Advocacia-Geral da União (AGU). “Estamos aguardando também a apresentação do projeto por parte do governo, que, inclusive, na semana passada foi anunciado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o qual enviará ao Congresso Nacional o projeto elaborado pelo governo acerca da questão das facções criminosas. Trata-se de um projeto de vital importância, e asseguramos nossa total prioridade a ele”, afirmou.
