Padrasto que matou e enterrou enteada é transferido para Tremembé

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Padrasto que matou e enterrou enteada de 5 anos no quintal é transferido para Tremembé

Rodrigo Ribeiro Machado, de 23 anos, confessou ter matado e concretado o corpo da menina em Itapetininga (SP); mãe da criança também está presa.

Criança é encontrada morta no quintal de casa; padrasto e mãe foram presos

O padrasto que confessou ter matado a enteada de cinco anos e enterrado o corpo em Itapetininga (SP) foi transferido para a Penitenciária de Tremembé.

Rodrigo Ribeiro Machado foi preso no dia 14 de outubro, depois que a Polícia Civil encontrou o corpo de Maria Clara Aguirre Lisboa enterrado no quintal da casa onde morava com a mãe da criança e o padrasto, no Jardim São Camilo.

A mãe da menina, Luiza Aguirre Barbosa da Silva, continua presa na Penitenciária de Votorantim.

Segundo a Polícia Civil, Rodrigo Ribeiro Machado já tem passagens policiais por crimes graves, incluindo estupro, roubo e ameaça.

Conforme apuração do DE [DE], entre as ocorrências registradas na ficha de Ribeiro Machado, de 23 anos, consta uma denúncia de ameaça e vias de fato, registrada em janeiro de 2025, cuja vítima era a própria Maria Clara Aguirre Lisboa. O caso foi enquadrado na Lei Maria da Penha por se tratar de violência doméstica.

Além desse registro, o homem responde por porte de arma, também em janeiro de 2025; roubo qualificado, em março de 2025; estupro, em agosto de 2022; e roubo, em setembro de 2019.

DE [DE]

Segundo o Conselho Tutelar, Maria Clara Aguirre Lisboa estava sob os cuidados da mãe, Luiza Aguirre Barbosa Da Silva, de 25 anos, e que já haviam sido aplicadas medidas protetivas para orientar e acompanhar a família. O órgão não detalhou quais medidas seriam essas.

O Conselho Tutelar ressaltou que não tem poder para retirar a guarda de uma criança, cabendo essa decisão à Justiça. Segundo o órgão, foram feitas diversas tentativas de contato com a mãe por telefone e em visitas aos endereços cadastrados, mas todas sem sucesso.

“O boletim de ocorrência foi registrado no mesmo dia em que o órgão recebeu denúncia sobre a possível morte da criança, em 8 de outubro”, disse em comunicado divulgado na quarta-feira (15).

CRONOLOGIA DO CASO:

De acordo com a perícia, o corpo de Maria Clara, encontrado em 14 de outubro, estava enterrado havia cerca de 20 dias, ou seja, no fim de setembro. A investigação aponta que o casal ocultou o corpo dois dias após o crime.

No início de outubro, a avó paterna de Maria Clara procurou o Conselho Tutelar para denunciar o desaparecimento da neta. Segundo o órgão, a equipe já acompanhava o caso da mãe desde um episódio de ameaça feita pelo padrasto meses antes.

Conforme o boletim de ocorrência registrado pelo Conselho Tutelar, não havia contato com a mãe desde agosto. O órgão formalizou o desaparecimento da menina na Polícia Civil no dia 8 de outubro.

Após denúncia e diligências, a Polícia Civil encontrou o corpo de Maria Clara em uma cova rasa, já em estado avançado de decomposição, no dia 14 de outubro. A menina apresentava sinais de lesões provocadas por instrumento contundente, possivelmente ferramenta.

No mesmo dia, Luiza e Rodrigo foram localizados pela polícia e, durante o interrogatório, confessaram o crime. Segundo a polícia, eles admitiram ter matado a menina e concretado o corpo para esconder o crime.

No dia 15 de outubro, foi divulgado um áudio que o padrasto enviou ao pai da criança, dizendo que a menina estava morta e que, com isso, acabaria o vínculo dele com a mãe da criança. Ainda na mensagem, o suspeito pede ao pai que pare de “encher o saco” dele e da mãe da criança. Ouça abaixo.

De acordo com a avó da vítima, a gravação foi enviada duas semanas antes da descoberta do corpo.

Ainda no dia 15, após audiência de custódia, a Justiça manteve a prisão preventiva da mãe e do padrasto. Ela foi transferida para a cadeia de Votorantim (SP) e ele para Capão Bonito (SP). Os dois devem responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Franco Augusto, a menina de cinco anos sofria agressões frequentes da mãe e do padrasto. Ainda conforme o delegado, o padrasto já tinha histórico criminal e torturava psicologicamente a criança e a mãe dela, utilizando a menina como forma de pressão, além de agredi-la fisicamente.

Na tarde do dia 15, a menina foi sepultada. O corpo de Maria Clara foi encontrado em estado avançado de decomposição, o que impediu a realização de velório. O sepultamento ocorreu no Cemitério Colina da Paz, e somente familiares do pai biológico acompanharam.

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