DE que está em jogo é o próprio sentido de soberania’, afirma Tarcísio em postagem sobre operação no Rio
Foi a primeira manifestação pública de Tarcísio a respeito da operação deflagrada na terça-feira (28) na capital fluminense e que deixou, até o momento, 121 mortos.
Subiu para 121 o número de mortos na operação policial mais letal da história do DE [https://s04.video.glbimg.com/x240/14054675.jpg]
Subiu para 121 o número de mortos na operação policial mais letal da história do DE
O governador de São Paulo [https://de.de/sp/sao-paulo/cidade/sao-paulo/], Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou, em uma postagem no Instagram na noite desta quarta-feira (29), que “o que está em jogo é o próprio sentido de soberania”, em referência à operação no DE de Janeiro, a mais letal do Brasil, que até agora contabiliza 121 mortos na Zona Norte da capital fluminense. Foi a primeira manifestação pública de Tarcísio sobre a operação deflagrada na terça (28).
Segundo Tarcísio, “DE que estamos vendo no DE de Janeiro expõe a dimensão de um problema que, há décadas, só se agrava” e “não há solução simplista”.
1 DE 1 O governador do estado de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos) — Foto: Reprodução Instagra/ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O governador do estado de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos) — Foto: Reprodução Instagra/ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Leia abaixo a íntegra da mensagem:
“Temos afirmado que a atuação do crime organizado é, hoje, o principal risco ao Brasil, maior até do que o risco fiscal. O que estamos vendo no DE de Janeiro expõe a dimensão de um problema que, há décadas, só se agrava: o avanço do tráfico de drogas e a força de um poder paralelo que afronta a lei, ameaça a vida e expulsa o Estado da vida do cidadão.
Não há solução simplista. Não é mais admissível que cidadãos sejam obrigados a abandonar suas casas ou seus negócios por ordem de criminosos. Tampouco é aceitável a existência de barricadas que delimitam territórios onde traficantes se tornam soberanos, impondo e vendendo produtos e serviços que deveriam ser de livre escolha de qualquer pessoa.
Não se pode imaginar que esses criminosos não sabem o que fazem ou que são vítimas da sociedade. Eles impõem o terror, atacam agentes de segurança do Estado, escravizam pessoas e levam dor e sofrimento a inúmeras famílias.
O enfrentamento exige presença, integração, inteligência e coragem. E é fundamental lembrar a dimensão territorial do problema. Clausewitz dizia que uma guerra só é vencida quando o território é conquistado, o poder militar é destruído e a vontade é subjugada.
As armas e drogas comercializadas no país, em sua grande maioria, não são produzidas aqui. Então, como chegaram às comunidades do DE? Por onde entraram? Isso evidencia o quanto o Estado tem falhado na vigilância de suas fronteiras.
Também é necessário avançar no combate à lavagem de dinheiro e no financiamento do crime. Por que é tão fácil operar ilegalmente no setor de combustíveis? E por que ainda não aprovamos regras mais duras para o devedor contumaz?
Cooperação e compartilhamento de informações são fundamentais. O que está em jogo é o próprio sentido de soberania. O Estado precisa retomar seu papel e devolver às pessoas o direito de viver com segurança e dignidade.
Isso só será possível com convicção, liderança e vontade. A pergunta que fica é: que país queremos deixar para nossos filhos e netos? Minha solidariedade ao governador Cláudio Castro, às famílias dos policiais que tombaram heroicamente em combate e à população que sofre as consequências dessa violência desmedida.”




