Governo de PE reabre inscrições para Concurso Público Unificado após retificar
edital e incluir cotas raciais; veja nova data de provas
Reabertura ocorreu dois dias após sanção de lei que determina reserva de vagas
para pessoas pretas, indígenas, pardas e quilombolas.
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Pernambuco reabre inscrições no Concurso Público Unificado após incluir cotas
raciais
O governo do estado reabriu, nesta quinta-feira (30), as inscrições para o Concurso Público Unificado de Pernambuco (CPU). O edital foi suspenso após críticas devido à ausência de cotas raciais. Após a suspensão, o governo sancionou uma lei que obriga a reserva 30% das vagas para pessoas pretas, pardas, indígenas e quilombolas (veja vídeo acima).
O CPU oferece 460 vagas com salários de até R$ 11,3 mil para cargos da gestão pública estadual. As inscrições podem ser feitas pela internet, até 28 de novembro. A data das provas, que ocorreriam em dezembro, foi adiada para janeiro de 2026.
Conforme o novo edital, disponível na internet, serão reservadas aos candidatos pretos ou pardos 25% das vagas disponíveis e das que possam surgir durante o prazo de validade do concurso. Para pessoas indígenas, serão 3% das vagas. Para quilombolas, mais 2%.
Segundo o governo, os candidatos que já se inscreveram estão com a participação nas provas garantida e não precisarão se inscrever novamente no CPU.
Para os candidatos a cargos de formação específica de nível superior, as provas objetivas e discursivas ocorrem no dia 18 de janeiro. Já para os demais candidatos (nível médio e qualquer área de nível superior), as provas são no dia 25 de janeiro.
O primeiro edital do CPU foi publicado no dia 9 de outubro. Ele foi criticado por não ter cotas raciais e apenas reservar vagas para pessoas com deficiência.
Na época, políticos, instituições da sociedade civil e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) fizeram críticas e afirmaram que o certame fere o Estatuto da Igualdade Racial, sancionado em 2023 pela governadora Raquel Lyra (PSD).
O estatuto determina que é “dever do poder público promover ações que assegurem a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho para a população negra, inclusive nas contratações do setor público”.
No dia seguinte, as inscrições no concurso foram suspensas e o governo enviou um projeto de lei que garante cotas raciais. O projeto foi aprovado em 15 de outubro pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e é válido para concursos públicos estaduais e seleções simplificadas. A proposta unificou projetos que já tramitavam na Alepe, de autoria dos deputados Dani Portela (Psol), João Paulo Costa (PCdoB) e Rosa Amorim (PT).




