Empresários de Fernando de Noronha aguardam ansiosamente a chegada do Réveillon e esperam alcançar uma ocupação de 70% durante essa época do ano. Com altas expectativas para movimento semelhante ao de 2024, eles reivindicam uma revisão no limite de turistas estabelecido pelo acordo de gestão compartilhada da ilha. No entanto, até o momento, não houve posicionamento dos governos estadual e federal sobre o assunto.

Faltando dois meses para a virada do ano, os empresários do setor turístico de Fernando de Noronha têm a expectativa de que a média de ocupação esteja em torno de 70%, mantendo a tradição do ano anterior. No entanto, o aumento no número de leitos na ilha e a indefinição em relação à ampliação de visitantes têm gerado desafios para o setor, conforme apontado por representantes do trade local.

O acordo de gestão compartilhada de Noronha, firmado em 2023 entre o governo de Pernambuco e o governo federal, estabelece um limite de 11 mil turistas por mês e 132 mil por ano na ilha. Com a falta de respostas por parte das autoridades, a questão da flexibilização desse número mensal durante períodos de maior movimento permanece em aberto, enquanto os empresários buscam alternativas para lidar com a demanda crescente.

A preocupação com a capacidade de suporte da ilha tem sido evidenciada, e o estudo que determinará quantas pessoas Noronha pode receber sem prejudicar o meio ambiente ainda não foi concluído. Apesar do limite de 132 mil visitantes por ano ser aceitável, a necessidade de flexibilidade durante a alta temporada segue como uma demanda importante e sem resposta das autoridades governamentais.

Enquanto isso, o setor de hospedagem em Fernando de Noronha se prepara para um período intenso de movimento no final do ano. Prevê-se que estabelecimentos de luxo atinjam altos índices de ocupação, embora as pousadas de porte médio possam enfrentar desafios em atrair a quantidade esperada de turistas. Com aproximadamente 300 pousadas na ilha, a competição se intensificou, e a expectativa é de um aumento de cerca de 10% em relação ao ano anterior.

A necessidade de definição sobre o limite de turistas e a conclusão do estudo de capacidade de carga são cruciais para o desenvolvimento sustentável do turismo em Fernando de Noronha. A falta de posicionamento dos órgãos responsáveis e a ausência de respostas sobre a possível flexibilização do número de visitantes durante os períodos de alta demanda colocam em evidência a urgência de tomadas de decisão para garantir o equilíbrio entre o crescimento do turismo e a preservação ambiental da ilha.