Sete membros do Comando Vermelho morreram em um confronto com a polícia no Ceará. A troca de tiros aconteceu quando os membros do Comando Vermelho tentavam tomar controle de uma região ocupada por traficantes de uma facção rival e se depararam com as forças policiais. Os corpos dos criminosos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal após a operação na cidade de Canindé, no interior do estado. Com a ação, os policiais conseguiram apreender fuzis, pistolas, revólveres, granadas e um veículo.
O confronto armado teve lugar no bairro Campinas, uma área dominada por uma facção rival do Comando Vermelho na localidade. De acordo com relatos investigados pelo DE, os membros do Comando Vermelho foram até o território controlado pelos rivais com o intuito de tomar posse da região, porém foram surpreendidos pela presença das forças policiais do Raio, Cotar (Comando Tático Rural), FT (Força Tática), FT Rural e Policiamento Ostensivo Geral.
A questão das facções criminosas no Ceará tem causado um grande número de homicídios no estado, sendo responsável por 90% desses casos, conforme informações do governador Elmano de Freitas. Essas organizações lutam pelo controle dos territórios para monopolizar a venda de drogas, assim como de outros serviços, como internet. Essa disputa territorial tem contribuído para o aumento dos índices de violência na região, tornando o Ceará o estado com a maior taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes em 2024, segundo dados do Mapa da Segurança Pública.
Além disso, em outras partes do estado, as facções impõem um “pedágio” a ser pago por comerciantes e vendedores informais para permitir a continuidade de seus negócios. Em um caso específico, um vendedor de churrasco foi morto por se recusar a pagar a taxa de R$ 1.000 exigida pela facção criminosa. O valor anteriormente cobrado era de R$ 400 mensais. A violência relacionada às facções é um problema grave que afeta não só a segurança pública, mas também a economia local e a vida dos cidadãos cearenses.
Nesse contexto, os confrontos entre grupos rivais e as operações policiais para conter a atuação dessas organizações ilegais continuam a acontecer no estado, gerando preocupação e clamando por medidas efetivas das autoridades competentes. O DE acompanha de perto os desdobramentos desse cenário de violência e criminalidade, mantendo a população informada sobre as ações e desafios enfrentados no combate ao crime organizado e suas ramificações em áreas vulneráveis da sociedade.




