Saiba quem são os chefes do CV de outros estados mortos na megaoperação do RJ
Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, os complexos da Penha e do
Alemão passaram a ser o QG do Comando Vermelho (CV) a nível nacional, e o centro
de decisão para todos os outros estados em que a facção criminosa atua.
Polícia do RJ faz balanço da megaoperação nos Complexos do Alemão e da Penha
Polícia do RJ faz balanço da megaoperação nos Complexos do Alemão e da Penha
A Cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro começou a divulgar, na manhã
desta sexta-feira (31), a lista de mortos na megaoperação da polícia do Rio de
Janeiro. Entre os nomes estão os de alguns chefes da facção de outros estados (veja mais
abaixo quem é cada um deles).
Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, os complexos da Penha e do
Alemão passaram a ser o QG do Comando Vermelho (CV) a nível nacional, e o centro de decisão para todos os
outros estados em que a facção criminosa atua.
“[Nesses locais] são feitos treinamentos de tiros, para os marginais serem
formados aqui e voltarem aos seus estados de origem para disseminar a cultura
da facção”, afirmou o secretário.
Vale destacar que o traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca era o principal
alvo da operação, mas conseguiu escapar do cerco policial. O criminoso é considerado o maior chefe do Comando Vermelho (CV) em liberdade —
na hierarquia, ele está abaixo apenas de Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar, ambos presos em penitenciárias federais.
Veja abaixo quem são os chefes de outros estados mortos na operação da polícia.
* Chico Rato, de Manaus (AM);
* Gringo, de Manaus (AM);
* Russo, de Vitória (ES);
* Mazola, de Feira de Santana (BA);
* DG (BA);
* FB (BA);
* Fernando Henrique dos Santos (GO);
* PP (PA);
* Rodinha, de Itaberaí (GO).
“CHICO RATO”, DE MANAUS (AM)
Douglas Conceição de Souza, o “Chico Rato”, um dos mortos na megaoperação
no Rio de Janeiro. — Foto: Erlon Rodrigues/PC-AM
Douglas Conceição de Souza, o “Chico Rato”, tinha 32 anos e um histórico de
mortes na bagagem. Em 2018, ele foi preso pelo homicídio qualificado dos irmãos
Isaías dos Santos Rabelo e Hilmes Souza Rabelo Filho, crime ocorrido no dia 4 de
dezembro de 2017 em Manaus. Em 2019, a Justiça do Amazonas o condenou a 40 de
anos de prisão.
Douglas já cumpria pena, no regime semiaberto, pelo crime de porte ilegal de
arma. Ele ainda respondia a outra ação do Ministério Público, acusado da morte
de uma pessoa no bairro Tancredo Neves, no dia 1.º de agosto de 2017. À época da
prisão, o então delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e
Sequestros (DEHS), Juan Valério, afirmou que Chico Rato era o chefe do tráfico
no Tancredo Neves.
A polícia também afirmou que ele era próximo do narcotraficante e um dos líderes
da extinta facção Família do Norte (FDN), João Branco. Nos anos finais, o grupo
criminoso estreitou laços com o Comando Vermelho (CV), facção a qual Chico Rato
passou a integrar e crescer dentro da hierarquia criminosa.
GRINGO, DE MANAUS (AM)
Francisco Myller Moreira da Cunha, conhecido como “Gringo”, era natural de
Eirunepé, no interior do Amazonas, e completou 32 anos um dia antes da
megaoperação.
Segundo a Justiça do Amazonas, Gringo estava foragido desde abril de 2024,
quando um mandado de prisão preventiva foi expedido contra ele pelos crimes de
homicídio e organização criminosa.
RUSSO, DE VITÓRIA (ES)
Alisson Lemos Rocha, conhecido como “Russo” ou “Gordinho do Valão”, de 27
anos, morreu em confronto com policiais cariocas no Morro do Alemão, no Rio de
Janeiro. — Foto: Divulgação/ Polícia Civil
Alisson Lemos Rocha, de 27 anos, conhecido como “Russo” ou “Gordinho do Valão”,
era natural do Espírito Santo. No estado, era investigado pela Divisão
Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, na Grande
Vitória, por envolvimento em um assassinato ocorrido em abril de 2025, no bairro
Parque Residencial Mestre Álvaro, na Serra.
Além disso, o suspeito ocupava uma posição de liderança no tráfico de drogas do
bairro Barro Branco, que, por sua vez, mantém ligação direta com a região de
Nova Carapina, apontada como uma das áreas de maior influência do tráfico de
drogas no município da Serra.
Apesar da polícia carioca identificar Russo como chefe do tráfico de drogas em
Vitória, segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, ele atuava na Serra, na
Grande Vitória, e não ocupava posição de destaque na hierarquia da organização
criminosa.
MAZOLA, DE FEIRA DE SANTANA (BA)
Danilo Ferreira do Amor Divino nasceu em Feira de Santana e era conhecido como
“Dani” ou “Mazola”. Ele foi apontado pelo chefe da Polícia Civil do Rio de
Janeiro como o chefe do tráfico de drogas na cidade baiana.
DG (BA)
Diogo Garcez Santos Silva, conhecido como DG, também atuava em Feira de Santana.
Ele tem passagens pela polícia por associação para o tráfico e porte ilegal de
arma de fogo, acessório ou munição.
FB (BA)
Fábio Francisco Santana Sales, conhecido como FB, tinha passagem pela polícia
por ameaça. A queixa foi registrada na cidade de Alagoinhas, no interior da
Bahia.
**Essa reportagem está em atualização**




