A Justiça de Minas Gerais proferiu uma sentença condenando o advogado Thiago Fonseca de Carvalho a 44 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de seu colega advogado, Juliano César Gomes, que ocorreu em junho de 2020. O júri considerou Thiago culpado por homicídio qualificado, roubo e ocultação de cadáver. O caso chocou a comunidade jurídica e levantou questões sobre a segurança e integridade dos profissionais do direito.
As investigações apontaram que o assassinato de Juliano Gomes foi uma “queima de arquivo”. Ele ficou desaparecido por mais de 10 dias até que seu corpo foi encontrado em uma estrada que liga Sete Lagoas a Funilândia, na Região Central de Minas Gerais. Thiago Carvalho foi identificado como o mandante do crime, enquanto os irmãos Jean e Júnio Néris foram condenados como os executores dos disparos. A sentença destacou que Thiago utilizou seu conhecimento e status profissional para cometer e encobrir os crimes.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) afirmou que o crime foi premeditado após Juliano Gomes ser indicado como testemunha de defesa em um processo no qual Thiago Carvalho era acusado de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Para atrair a vítima, Thiago simulou que precisava emprestar a picape de Juliano, o que culminou no roubo dos bens da vítima, sua execução e ocultação do cadáver.
A periculosidade demonstrada pelo réu durante o julgamento levou à conclusão de que medidas cautelares diversas da prisão seriam insuficientes para resguardar a ordem pública e aplicação da lei penal. A sentença enfatizou a gravidade do modus operandi dos crimes cometidos por Thiago Carvalho. A condenação dos envolvidos no assassinato de Juliano César Gomes serve como alerta para a importância da investigação e punição de crimes tão violentos e impactantes.
A morte trágica de Juliano Gomes evidenciou os riscos e desafios enfrentados pelos profissionais do direito no exercício de suas funções. O caso levantou discussões sobre a segurança e proteção desses profissionais, destacando a necessidade de medidas preventivas e protetivas para salvaguardar suas vidas e integridade. A condenação de Thiago Fonseca de Carvalho e dos irmãos Néris representa uma vitória da justiça e um passo importante na busca por justiça para a família e a comunidade jurídica impactadas por esse terrível crime.




