MP-BA denuncia deputado Binho Galinha por liderar organização criminosa em Feira de Santana: novidades sobre o caso.

mp-ba-denuncia-deputado-binho-galinha-por-liderar-organizacao-criminosa-em-feira-de-santana3A-novidades-sobre-o-caso

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apresentou uma nova denúncia contra o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, acusado de liderar uma organização criminosa em Feira de Santana. A denúncia foi apresentada em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), apontando que o parlamentar continuou comandando o grupo suspeito de extorsão, receptação qualificada, agiotagem e lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho, na segunda maior cidade do estado.

Além do deputado, foram denunciados a companheira Mayana Cerqueira da Silva, o filho João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, Cristiano de Oliveira Machado e outros 10 suspeitos. O MP-BA descreve o grupo como uma organização criminosa com características milicianas, atuando há mais de uma década em Feira de Santana. Utilizando “laranjas” para a movimentação de recursos e ocultação de bens, o deputado teria mantido suas atividades ilícitas, desrespeitando as medidas cautelares anteriormente impostas.

As investigações indicam a participação ativa de Mayana Cerqueira e João Guilherme Cerqueira na administração das atividades ilegais, como jogo do bicho, agiotagem e lavagem de dinheiro. Interceptações da Polícia Federal mostram operadores financeiros do grupo repassando valores obtidos ilegalmente, a maioria destinada ao parlamentar. As operações “El Patrón” e “Estado Anômico” atribuem à organização crimes como lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, comércio ilegal de armas, entre outros.

Binho Galinha foi preso em outubro de 2025, após ser considerado foragido da Justiça. O filho e a esposa do deputado também foram presos. A prisão teve como base a determinação do STF, que entendeu a necessidade da prisão mesmo com foro privilegiado. O STJ beneficiou a esposa e o filho do deputado, que obtiveram prisão domiciliar e habeas corpus, respectivamente. As decisões oscilaram entre anulações e continuidade das operações, mas o STF reverteu a decisão do STJ, mantendo a investigação em andamento.

Em setembro de 2025, foram realizadas audiências relativas à “Operação El Patrón”, com acusações e defesa apresentando testemunhas. A defesa de Binho Galinha argumenta contra a prisão preventiva e a condução da investigação, buscando evidenciar a inocência do deputado e seus familiares. Ainda, novos inquéritos foram iniciados para aprofundar as investigações de supostos crimes anteriores ao mandato parlamentar. A defesa visa contestar as acusações e garantir a legalidade do processo em curso.

Box de Notícias Centralizado

🔔 Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram e no WhatsApp