Denúncia identifica lideranças como Doca, Gadernal, Grandão e BMW no topo da facção.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil do RJ identificaram uma estrutura hierárquica formalizada dentro do Comando Vermelho (CV), com divisão rígida de funções e regras internas. As informações constam na denúncia e em relatórios incluídos no processo da Megaoperação Contenção. Ao todo, o MPRJ denunciou 69 pessoas por associação para o tráfico. Na última terça (28), 113 pessoas foram presas, e outras 121 foram mortas, incluindo 4 policiais civis e militares.
Segundo o Ministério Público, o organograma da facção é composto por 7 níveis principais: Chefes de guerra, Gerentes de área, Seguranças, Soldados, Vapores, Radinhos e Olheiros.
Entre os chefes de guerra, o documento cita Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, apontado como a principal liderança do CV no Complexo da Penha. Outro nome é Carlos da Costa Neves, o Gadernal, identificado como “general do Complexo da Penha”. A denúncia também cita Washington César Braga da Silva, o Grandão ou Síndico da Penha, responsável por controlar grupos de WhatsApp usados pela facção. O 4º nome no topo da hierarquia é Juan Breno, conhecido como BMW.
Os promotores afirmam que a facção opera “como uma empresa criminosa”, com contabilidade própria e substituição imediata de líderes presos. O Gaeco/MPRJ classificou a estrutura como “um sistema de gestão criminosa com divisão clara de tarefas e substituição funcional imediata”. É importante entender a complexidade da hierarquia do CV para combater efetivamente o crime organizado e garantir a segurança da população.




