Uma megaoperação realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha resultou na apreensão de um arsenal de armas que inclui 120 armamentos, sendo 93 fuzis. Após uma recontagem, o número foi atualizado de 118 para 120, com a inclusão de dois fuzis apresentados em outras delegacias. Além dos fuzis, foram encontradas ainda 26 pistolas, um revólver, explosivos, munições, drogas e equipamentos militares utilizados pelo Comando Vermelho. O valor estimado do material apreendido é de R$ 12,8 milhões, segundo levantamento técnico feito pela Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE).
As armas confiscadas são provenientes de diferentes países da América do Sul e da Europa, como Venezuela, Argentina, Peru, Bélgica, Rússia, Alemanha e Brasil. Além disso, algumas delas foram desviadas das Forças Armadas, enquanto outras são fuzis montados com peças contrabandeadas ou adquiridas legalmente na internet. Essa diversidade de origens evidencia a complexidade e gravidade do problema do tráfico de armas no Rio de Janeiro.
O governador Cláudio Castro ressaltou a importância da ação policial na apreensão desse arsenal, afirmando que cada fuzil retirado de circulação representa uma vida salva. Ele destacou o compromisso do Estado em enfrentar os grupos criminosos que lucraram com o medo e a morte, buscando enfraquecer o poder do narcotráfico e devolver a segurança aos cidadãos de bem do Rio de Janeiro.
Após a operação, moradores dos complexos da Penha e do Alemão foram surpreendidos com a cena chocante de corpos sendo retirados da mata e levados para a praça local. O número de mortos na operação já passa de 120, tornando-a a mais letal da história do Rio de Janeiro. Familiares das vítimas realizaram o reconhecimento dos corpos, enquanto a polícia anunciou que os fuzis apreendidos passarão por perícia e serão compartilhados com o Exército Brasileiro para rastrear a origem das armas desviadas.
A operação também resultou na identificação de 109 suspeitos mortos, dos quais nenhum havia sido denunciado pelo Ministério Público na investigação que embasou a ação. No entanto, 42 dos mortos tinham mandados em aberto por outros casos, e 78 possuíam um histórico criminal relevante, segundo informações da polícia. Com a divulgação desses dados, a população segue consternada pelos eventos trágicos que marcaram essa operação histórica no Rio de Janeiro. A segurança pública continua sendo uma questão urgente a ser enfrentada no estado.




