Corpos dos 117 suspeitos mortos em megaoperação no RJ são liberados, diz Defensoria Pública
Outros quatro policiais foram mortos em confronto nos complexos da Penha e do Alemão. A ação faz parte da ofensiva das forças de segurança para frear o avanço do Comando Vermelho.
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou que os 117 corpos dos suspeitos mortos durante a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na última terça-feira (28), foram liberados do Instituto Médico-Legal (IML), no Centro do Rio, neste domingo (2).
Segundo o órgão, os últimos a serem liberados foram dois homens do Pará e um de Santa Catarina.
A Polícia Civil informou que a perícia foi concluída na sexta-feira (31). A investigação aponta que todos são suspeitos de envolvimento com o crime organizado. Durante a operação, outros quatro policiais também morreram em confrontos. As circunstâncias das mortes seguem sob apuração.
A ação teve como alvo o cumprimento de 100 mandados de prisão e 180 de busca e apreensão e faz parte da ofensiva das forças de segurança para frear o avanço do Comando Vermelho (CV). A facção, surgida na prisão de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, entre as décadas de 1970 e 1980, tornou-se uma das mais influentes do tráfico no estado.
CONFIRA OS NÚMEROS DIVULGADOS:
– 121 mortes, sendo 117 suspeitos e 4 policiais
– 113 presos, sendo 33 de outros estados, como Amazonas, Bahia, Ceará, Pará e Pernambuco
– 10 menores infratores apreendidos
– 118 armas apreendidas, sendo 91 fuzis, 26 pistolas, 1 revólver
– Mais de 1 tonelada de drogas apreendida
Imagens inéditas mostram como foi o confronto entre policiais e o Comando Vermelho. A TV Globo teve acesso com exclusividade a imagens da megaoperação. Os vídeos registram o confronto entre agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e criminosos do Comando Vermelho em uma área de mata conhecida como Vacaria, no alto do morro da Penha.
As câmeras corporais acopladas aos uniformes dos agentes captaram cenas que lembram uma zona de guerra. No entanto, ação foi necessária para garantir a segurança e a preservação da ordem pública. Durante o episódio, quatro agentes foram mortos e várias prisões foram efetuadas.
Dos 69 denunciados pelo Ministério Público no inquérito que motivou a operação, cinco foram presos. Entre os foragidos está o traficante Doca, apontado como uma das lideranças do Comando Vermelho. Ao todo, 113 pessoas foram presas durante a ação. Após audiências de custódia, dois foram liberados.
