Na última segunda-feira (3), o presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro), Luiz Soares, foi detido pela Polícia Militar (PM) durante um ato dos trabalhadores na greve do Metrô do Recife. A paralisação, que teve início à meia-noite do mesmo dia, é uma forma de reivindicar recursos para a manutenção e modernização da frota, bem como para melhorar as condições de trabalho. Além disso, os trabalhadores protestam contra a privatização anunciada pelo governo federal. Luiz Soares foi liberado pouco tempo depois de ser detido.
A detenção do presidente do Sindmetro ocorreu em frente ao Centro de Manutenção de Cavaleiro, localizado em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O sindicato afirmou que Luiz Soares estava dialogando com os trabalhadores no momento em que foi preso. O caso gerou críticas por parte do sindicato, que classificou a prisão como um ato autoritário e um ataque à liberdade sindical e ao direito constitucional de greve.
De acordo com a Polícia Militar, Luiz Soares foi detido com o intuito de garantir a passagem dos trabalhadores que não aderiram à greve e desejavam entrar no Centro de Manutenção. O presidente do sindicato foi conduzido à viatura, mas acabou sendo liberado, uma vez que nenhum funcionário manifestou interesse em representar o ocorrido junto às autoridades policiais.
Em comunicado, a corporação ressaltou que as ações relacionadas ao desbloqueio e à garantia de acesso aos locais de trabalho aos funcionários que optaram por não participar da greve serão conduzidas de acordo com as necessidades. O g1 também tentou contato com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), mas até o momento da última atualização da reportagem, não obteve resposta.
Com a paralisação dos metroviários, houve um reforço na frota de ônibus na região. O Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM) ativou três linhas emergenciais para auxiliar no deslocamento da população. Além disso, algumas linhas de ônibus passaram a operar com integração temporal, beneficiando os passageiros que utilizam o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) para pegar os coletivos.
Em meio à greve dos metroviários, os desdobramentos desse movimento de paralisação continuam a gerar impacto na população do Recife e região. O acompanhamento das notícias sobre o desenrolar deste caso é fundamental para entender a dimensão desse episódio e as possíveis consequências para os usuários do transporte público na área metropolitana da capital pernambucana.




