Desconforto no governo Lula com Hugo Motta após avanço da lei antiterrorismo

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Nos bastidores, auxiliares do presidente Lula afirmam que, ao final da semana passada, Motta se propôs a acelerar a tramitação da Lei Antifacção anunciada pelo governo na última sexta-feira (31), como resposta à operação que deixou 121 mortos. Entretanto, o projeto que avançou na Câmara foi o que busca alterar a Lei Antiterrorismo, patrocinado pela oposição e governadores de direita que querem que facções como o Comando Vermelho e o PCC sejam consideradas organizações terroristas. O texto será votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta terça-feira. Além disso, o secretário de Segurança Pública de São Paulo retomará seu mandato na Câmara para relatar o texto que equipara facções e grupos terroristas. Essas movimentações despertaram receio no entorno de Lula, com o temor de que o projeto contra organizações criminosas seja atropelado. Motta foi criticado por estar com um pé em cada canoa, segundo interlocutores. Os deputados da oposição buscam emparedar o governo, cogitando incluir dispositivos no texto que equiparem facções a organizações terroristas, unificando os projetos. A leitura na Câmara é que é preciso apresentar uma resposta rápida à sociedade no contexto da operação do Rio, e a proposta de alterar a legislação antiterrorismo é a mais avançada no momento. O termômetro sobre qual tendência ou texto irá prevalecer dependerá de Motta, gerando desconfiança no entorno de Lula com os acenos distintos do presidente da Câmara.

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