Falha em freio fez ônibus de turismo descer rua desgovernado, bater contra carros, pegar fogo e causar incêndio em prédio no RS, diz perícia
A tragédia ocorrida em 3 de outubro, em Porto Alegre, chocou o país. Um ônibus de turismo transportava 55 adolescentes e duas acompanhantes em uma excursão que saiu de Vacaria, na Serra. Um vídeo estarrecedor mostra o momento em que o ônibus desgovernado pega fogo na capital gaúcha.
O laudo técnico elaborado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou a presença de uma falha no freio do ônibus como a causa do acidente. O veículo desceu a rua desgovernado, atingiu carros estacionados e provocou um incêndio em um prédio no Centro Histórico de Porto Alegre. O peso do ônibus, que excedia em muito o limite permitido para circular na região, também foi apontado como um agravante.
Segundo o IGP, desgastes nas sapatas de freio foram identificados, o que comprometeu a eficiência do sistema de frenagem. O motorista do ônibus, que não deve ser indiciado, afirmou que puxou o freio estacionário após atingir fios de luz, mas o veículo começou a se movimentar sozinho.
O acidente resultou em danos materiais significativos e mobilizou toda a comunidade. Os apartamentos atingidos pelo incêndio precisaram ser interditados, enquanto 12 pessoas necessitaram de atendimento médico. A empresa responsável pelo ônibus se manifestou por meio de uma nota, afirmando que todas as medidas necessárias foram tomadas para garantir a segurança e o apoio aos passageiros.
A proibição da circulação de ônibus na rua do acidente foi uma das medidas adotadas pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) após o ocorrido. O episódio, que teve grande repercussão, está sendo investigado pelas autoridades competentes, e a empresa proprietária do veículo se comprometeu a indenizar todos os atingidos.
Todo o desdobramento do acidente, desde a falha mecânica no freio do ônibus até as consequências para os envolvidos, é objeto de minuciosa apuração. A segurança dos passageiros, a responsabilidade da empresa e a atuação dos órgãos competentes são pontos essenciais a serem esclarecidos durante a investigação, visando prevenir a ocorrência de novos episódios semelhantes.




