Mulher é morta a facadas pelo ex seis dias após conseguir medida protetiva
Crime ocorreu em Canindé, no interior do Ceará. Homem já tinha ameaçado a vítima de morte por não aceitar o fim do relacionamento de 20 anos. Uma mulher foi morta a facadas pelo ex-companheiro no Bairro Alto Guaramiranga, em Canindé, no interior do Ceará, na noite desta segunda-feira (3). O crime ocorreu seis dias após a vítima conseguir na Justiça uma medida protetiva contra o suspeito, que foi preso.
Segundo testemunhas, Thamallia Abreu Barreto, de 34 anos, foi atacada por Edésio Oliveira Abreu, de 43 anos, na Rua Joaquim Custódio. Ela morreu no local. Após o crime, Edésio fugiu do local em uma motocicleta. Ele foi capturado na manhã desta terça-feira (4). A vítima deixa três filhos, que teve com o suspeito.
Conforme a medida protetiva concedida a Thamallia no dia 28 de outubro, à qual o DE teve acesso, a vítima relatou à época que o ex-companheiro é usuário de cocaína e passou a persegui-la insistentemente após o fim do relacionamento. Diante da recusa da mulher para reatar a relação, Edésio passou a andar armado com uma faca, dizendo que iria matá-la. Além disso, a mulher também citou que já havia registrado um Boletim de Ocorrência contra Edésio por agressão.
Na ocasião, o juiz de Direito aceitou o pedido e determinou que Edésio cumprisse as seguintes medidas: proibição do ex de se aproximar da mulher e de seus familiares, fixando o limite mínimo de 200 metros de distância; proibição de contato com a ex-companheira e os familiares dela, por qualquer meio de comunicação; proibição de frequentar os mesmos lugares que a vítima frequenta, como seu local de trabalho ou estudo, para preservar a integridade física e psicológica.
Apesar da restrição, Edésio descumpriu a medida e assassinou Thamallia. A violência contra a mulher é um grave problema social que precisa ser enfrentado com medidas eficazes de prevenção e punição. É fundamental que a sociedade se mobilize e denuncie casos de violência doméstica e feminicídio, buscando garantir a segurança e a proteção das vítimas. A justiça deve ser ágil e rigorosa para coibir esse tipo de crime e garantir que os agressores sejam responsabilizados pelos seus atos. A morte de Thamallia é mais uma triste consequência da cultura machista e da impunidade que ainda permeiam a nossa sociedade. É preciso lutar por um mundo onde as mulheres sejam respeitadas e possam viver sem medo de serem vítimas de violência.




