A Caixa Econômica Federal decidiu segurar o lançamento de sua bet para evitar desgastes ao governo. O plano inicial era anunciar a plataforma de apostas este ano, com operação prevista para 2026, visando uma arrecadação de R$ 2,5 bilhões. No entanto, diante das críticas da oposição e das orientações da Presidência, o banco irá priorizar outras medidas, como o programa de reforma de moradias, com potencial apelo eleitoral de R$ 40 bilhões. Além disso, está sendo desenhada uma linha de crédito para motoboys, em cooperação com o Planalto e Ministério do Trabalho. A bet fica em segundo plano, com foco em ações para a área ambiental, que serão divulgadas durante a COP30 em Belém. Em sua viagem à Ásia em outubro, Lula se irritou com as críticas e prometeu cobrar esclarecimentos da Caixa. Após retorno ao Brasil, o presidente já conversou com o presidente do banco. A Caixa se recusou a comentar o assunto publicamente, embora continue defendendo sua bet nos bastidores. Argumenta-se que parte das apostas ocorre em sites estrangeiros sem autorização, prejudicando a arrecadação do governo. Técnicos da Caixa afirmam que a proposta da bet visa regulamentar esse mercado e evitar perdas nas receitas públicas. Previsto para o primeiro semestre de 2024, o lançamento foi adiado aguardando regulamentação do Ministério da Fazenda. O presidente da Caixa confirmou em entrevista sua expectativa de lançar a bet no fim de novembro, enfatizando a intenção do banco de ser um importante player nesse mercado. Lula tem defendido o aumento das alíquotas de impostos das casas de apostas e o governo busca ampliar a taxação das bets e fintechs no Congresso.




