Esquema de fraudes em combustíveis: Postos fechados em PI, MA e TO movimentaram R$ 5 bilhões, ligação com PCC e lavagem de dinheiro.

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Esquema de fraudes em combustíveis movimentou R$ 5 bilhões; postos foram fechados em PI, MA e TO

A suspeita é que a rede de postos seja usada num esquema de lavagem de dinheiro do PCC, em operação semelhante ao que foi descoberto na operação Carbono Oculto, de SP.

Policiais civis cumprem nesta quarta-feira (5) uma decisão da Justiça para interditar 49 postos de combustíveis nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins, que, segundo investigação, pertencem a suspeitos de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

A suspeita é que a rede de postos seja usada num esquema de lavagem de dinheiro da facção criminosa, semelhante ao que foi descoberto na operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto e que é considerada a maior da história do país contra o crime organizado.

De acordo com a investigação, da Polícia Civil do Piauí, foram identificados cerca de R$ 5 bilhões em movimentações atípicas das empresas envolvidas no esquema. A operação foi chamada de Carbono Oculto 68, em referência à anterior.

Operação Carbono Oculto mostra infiltração do PCC em toda a cadeia de produção de combustíveis e lavando dinheiro em fintechs.

Para dificultar a identificação dos reais beneficiários, os suspeitos usaram nomes de laranjas, constituíram fundos e usaram fintechs para movimentações financeiras, mesmo modo de operação verificado na Carbono Oculto.

A investigação aponta ainda que os postos vendiam combustível adulterado e que usaram fraude fiscal para deixar de pagar milhões de reais em impostos.

Nesta quarta, além da interdição dos postos, os policiais cumprem mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas e empresas suspeitas de participarem do esquema.

A investigação teve início após a venda da rede HD, que possui dezenas de postos no Piauí, Maranhão e Tocantins, em dezembro de 2023. A polícia descobriu que a rede foi vendida à Pima Energia e Participações, que havia sido criada apenas seis dias antes da operação.

Informações levantadas pelos investigadores indicaram ainda inconsistências patrimoniais e alterações societárias suspeitas.

A investigação identificou ainda remessa de mais de R$ 700 mil de um dos suspeitos para uma empresa citada na operação Carbono Oculto por ligação com o esquema do PCC.

Ainda segundo a investigação, há indícios de fraude fiscal e de emissão de notas fiscais frias pelo grupo, além do uso de fundos e holdings para ocultar recursos.

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