MPRJ solicita nova prisão de líderes do Comando Vermelho para evitar atraso em processo por homicídio

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou à Justiça uma nova prisão preventiva de três lideranças do Comando Vermelho – Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP; Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, apelidado de My Thor; e Cláudio José de Souza Fontarigo, também conhecido como Claudinho da Mineira. Segundo o MPRJ, esses traficantes estavam utilizando artimanhas para atrasar um processo por homicídio que se arrasta há quase 23 anos.

O pedido foi feito pelo Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (GAEJURI) e será avaliado pela 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital. Apesar de estarem detidos por outros crimes, o Ministério Público argumenta que as estratégias adotadas por eles estão impedindo o avanço do processo, o que levou à solicitação de nova prisão preventiva.

Segundo o documento apresentado pelo MPRJ, a revogação das prisões dos réus resultaria na imediata libertação deles, o que representaria um risco concreto para a sociedade devido à influência e atuação desses criminosos no comando da facção criminosa. Marcinho VP, por exemplo, cumpre pena por tráfico na Penitenciária Federal de Mossoró e as manobras utilizadas pelos réus têm o objetivo de evitar a realização do júri.

O MPRJ destaca que mesmo estando presos, os acusados continuam exercendo influência sobre o tráfico de drogas e outras atividades ilícitas dentro e fora das prisões. O GAEJURI argumenta que a nova prisão é essencial para manter a ordem pública e garantir que os réus não interfiram no andamento do processo legal.

O Tribunal do Júri da Capital será responsável por analisar o caso, que envolve crimes dolosos contra a vida. My Thor, por exemplo, foi preso em 2007 e retornou ao sistema prisional do Rio em março deste ano. O MPRJ está empenhado em evitar a soltura desses traficantes e garantir que a justiça seja feita no caso que se arrasta há mais de duas décadas.

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