Empresário preso por esquema de desvio de emendas parlamentares na Câmara de Ipojuca

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Empresário investigado por desvios milionários de emendas parlamentares na Câmara de Ipojuca é preso

Gilberto Claudino da Silva Júnior é apontado pela Polícia Civil como coordenador das fraudes. Ele estava foragido e se apresentou na manhã desta quarta-feira (5).

DE investiga esquema de desvio de emendas parlamentares na Câmara de Ipojuca

O empresário apontado pela Polícia Civil como responsável por coordenar o esquema de desvios milionários de emendas parlamentares em Ipojuca, no Grande Recife, foi preso na capital pernambucana. Gilberto Claudino da Silva Júnior estava foragido há um mês e se apresentou na manhã desta quarta-feira (5).

Ele é um dos alvos da Operação Alvitre, da Polícia Civil, que investiga as fraudes e foi deflagrada no dia 2 de outubro. Além de Gilberto, três mulheres foram presas. Outros três homens seguem foragidos.

O DE teve acesso ao boletim de ocorrência da prisão de Gilberto. Segundo o documento, ele se apresentou espontaneamente, acompanhado de advogados, na Central de Flagrantes da Capital, no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, onde foi cumprido o mandado de prisão que estava aberto contra ele.

O inquérito policial aponta que Gilberto Claudino da Silva Júnior é gestor da Faculdade Novo Horizonte, apontada pela investigação como uma das empresas utilizadas pelo grupo criminoso para praticar os desvios.

A faculdade, de razão social Instituto Nacional de Ensino, Sociedade e Pesquisa (Inesp), recebeu repasses milionários para cursos de capacitação com planos de trabalho considerados inconsistentes e orçamentos inflados, segundo o inquérito da Polícia Civil. As verbas recebidas pelo Inesp eram repassadas pelo Instituto de Gestão de Políticas do Nordeste (IGPN), que foi o maior beneficiário das emendas parlamentares de Ipojuca, recebendo mais de R$ 6 milhões em menos de um ano.

PRESOS E FORAGIDOS

Ao ser deflagrada, a Operação Alvitre cumpriu 21 mandados de busca e apreensão. Também foram expedidos sete mandados de prisão, mas apenas três alvos foram localizados e presos no dia 2 de outubro. A quarta prisão aconteceu nesta quarta-feira (5).

DESVIO DE EMENDAS PARLAMENTARES

A TV Globo tem acesso a documentos que detalham desvio de verbas públicas em Ipojuca. O esquema criminoso envolvia o uso de emendas parlamentares impositivas, que é o instrumento utilizado pelos vereadores para destinar parte do orçamento municipal para projetos e áreas específicas. O valor dessas emendas compreende, geralmente, cerca de 2% da Receita Corrente Líquida. No caso investigado pela Operação Alvitre, os recursos deveriam ser aplicados em serviços de saúde em Ipojuca. As investigações indicam que esses recursos públicos foram destinados a associações de fachada localizadas em outros municípios, que não tinham estrutura ou competência técnica para executar os projetos contratados.

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