Advogada critica divulgação de ficha criminal de homens mortos em Icaraíma: famílias cobram informações sobre investigações

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‘Afronta à dignidade’: advogada critica divulgação de ficha criminal de homens
mortos no PR após cobrança de dívida

Declarações foram feitas nesta quarta-feira (5), dia em que o crime completou
três meses. Advogada estava acompanhada de duas viúvas. Crime aconteceu em
Icaraíma e suspeitos permanecem foragidos.

Famílias cobram informações sobre investigações de mortes em Icaraíma

Famílias cobram informações sobre investigações de mortes em Icaraíma

Josiane Monteiro, advogada que representa a família de três dos quatro homens de
São Paulo que foram assassinados ao cobrar uma dívida em Icaraíma, no noroeste do Paraná, criticou a divulgação da ficha criminal deles. Segundo a Polícia Civil do Paraná (PC-PR), está em apuração um possível envolvimento deles com o crime organizado.

> “Qual é o motivo da autoridade policial divulgar uma situação como aquela anos
> e anos depois, querendo induzir a sociedade que aquilo foi fator fundamental
> pro fato que aconteceu?”, disse a advogada, em entrevista à RPC, afiliada da
> TV Globo no Paraná.

Ela atua na defesa das famílias de Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano
Marascalchi, Diego Henrique Afonso. Os três saíram de São José do Rio Preto (SP)
e encontraram Alencar Gonçalves de Souza – que os contratou para a cobrança – na
cidade do noroeste do Paraná. Os quatro foram vistos pela última vez no dia 5 de
agosto e ficaram 44 dias desaparecidos, até os corpos serem encontrados
enterrados na zona rural da cidade.

As declarações da advogada foram feitas nesta quarta-feira (5), dia em que o
crime completou três meses. Ela estava acompanhada de duas viúvas, que foram a
Icaraíma para conversar com o delegado responsável pelo caso para cobrar mais
informações sobre as investigações, que estão sob sigilo.

Conforme a polícia, em nota divulgada nesta terça (4), Robishley, Rafael e Diego
respondiam a diversos crimes, como tentativa de homicídio, ameaça e estelionato.
Alencar não possuía antecedentes criminais.

A advogada argumenta que nem todos os crimes citados são recentes e que, hoje em
dia, podem estar julgados ou absolvidos. Porém, Josiane não citou exemplos de
situações que os homens foram inocentados.

Ao compartilhar essas informações, a polícia destacou que foi necessário
levantar esses históricos porque estão apurando novas pistas. Entretanto, não
detalharam os conteúdos delas.

Veja abaixo ficha criminal dos três homens, de acordo com a polícia:

Diego Henrique Affonso

2024: ameaça contra esposa, no âmbito da violência doméstica (Lei Maria da
Penha), estelionato;
2023: estelionato, ameaça, redução a condição análoga à de escravo;
2022: ameaça, estelionato;
2021: estelionato, difamação, ameaça, injúria;
2019: apropriação indébita;
2018: ameaça.

Segundo a Polícia Civil, Diego não chegou a ser preso, apenas houve os registros
contra ele.

Rafael Juliano Marascalchi

2025: ameaça;
2023: exercício arbitrário das próprias razões – fazer justiça com as
próprias mãos;
2022: exercício arbitrário das próprias razões – fazer justiça com as
próprias mãos;
2018: ameaça;
2017: ameaça contra a esposa, no âmbito da violência doméstica e familiar.
2014: ameaça;
2008: tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas;
2007: tráfico de drogas;
2005: tentativa de homicídio.

Segundo a Polícia Civil, ele foi preso em 2005, 2007, 2008 e 2010.

Robishley Hirnani de Oliveira

2018: dano, estelionato, ameaça;
2017: estelionato;
2016: ameaça, exercício arbitrário das próprias razões, ameaça contra esposa
no âmbito da violência doméstica, lesão culposa no trânsito e fuga do local
do acidente, estelionato;
2015: estelionato;
2014: embriaguez ao volante, estelionato, ameaça;
2013: ameaça contra esposa no âmbito da violência doméstica; crime ambiental
contra flora;
2003: furto qualificado.

Segundo a Polícia Civil, ele foi preso em 2022.

Da esqureda para a direita, Afonso, Robishley, Rafael e Alencar. — Foto: Reprodução

O conteúdo foi atualizado e otimizado para SEO, mantendo as informações originais noticiadas sobre a crítica feita pela advogada sobre a divulgação da ficha criminal dos homens mortos, bem como detalhes sobre a investigação do caso.

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