Criminosos do PCC alvos de mandados por tráfico e armas em Prata: Gaeco cumpre 16 prisões na operação Defensio Vitae

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Criminosos ligados ao PCC são alvos de mandados por tráfico, homicídios e comércio ilegal de armas em Prata

Segundo o Gaeco, 16 mandados de prisão foram cumpridos durante a segunda fase da operação Defensio Vitae. Alvos ocupavam posição de liderança dentro da facção na cidade.

Delegacia de Polícia Civil de Uberlândia — Foto: Reprodução/TV Integração

Um grupo criminoso que atuava de forma estruturada e armada para dominar o tráfico de drogas, vender armas de fogo, cometer homicídios e lavar dinheiro, em Prata, no Triângulo Mineiro, foi alvo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia. Ao todo, 16 mandados de prisão preventiva foram cumpridos nesta sexta-feira (7).

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os crimes cometidos pelo grupo ocorreram entre agosto de 2024 e abril de 2025, período em que os suspeitos formaram uma organização com ligação direta ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

A operação faz parte da segunda fase da operação Defensio Vitae, coordenada desde o dia 3 de julho pelo MPMG, com apoio das polícias Civil e Militar e da Promotoria de Justiça de Prata.

ESTRUTURA E LIDERANÇA

De acordo com a denúncia, três dos denunciados atuavam na liderança da facção. Eles dividiram funções entre os demais membros, que atuavam em núcleos voltados ao tráfico de drogas, comércio ilícito de armas, execuções de rivais e lavagem de dinheiro.

Segundo o MPMG, o grupo mantinha forte poder bélico e seguia as diretrizes do PCC, inclusive executando rivais por meio de sentenças conhecidas como “Tribunal do Crime”. Conversas obtidas em celulares apreendidos indicam a existência de um esquema de hierarquia, com ordens e divisão de tarefas.

“Como se diz… tem que dar um jeito, né! Ver que tem que fazer com esse homem”, afirmou um dos lideres do grupo em um áudio enviado por WhatsApp.

GRUPO ENVOLVIDO NA MORTE DE CASAL

De acordo com o delegado Fábio Ruz, o grupo é responsável pela morte de um casal na zona rural de Prata. As vítimas foram identificadas como Priscilla Silva Teodoro Santos, de 36 anos, e Luiz Gonzaga da Silva Neto, de 26. Ambos tinham envolvimento com o tráfico de drogas, segundo a polícia.

Ao todo foram 12 denúncias feitas pelo Ministério Público de Minas Gerais contra a organização criminosa, que apontam cinco crimes relacionados ao homicídio, duas por tráfico de drogas, três relacionadas a armas, uma por lavagem de dinheiro e uma por organização criminosa.

A segunda fase da operação tem como foco desarticular a organização em Prata, Uberlândia e Três Corações. As investigações seguem em andamento para prender dois suspeitos que fazem parte da organização.

Segundo o MPMG, oito dos denunciados já estavam presos em unidades prisionais de Prata e Três Corações. Outros seis respondiam em liberdade quando os mandados foram cumpridos, e dois permanecem foragidos, entre eles um dos envolvidos que é apontado como um dos chefes do grupo e já procurado pela Justiça de Alagoas.

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