Irmãos são suspeitos de furtar 300 bois e causar prejuízo de R$ 1 milhão em Agrestina; Polícia Civil investiga caso

Dois irmãos são os principais suspeitos do furto de 300 bois da raça Nelore em uma fazenda localizada em Agrestina, no Agreste de Pernambuco. O esquema criminoso foi descoberto após os proprietários da fazenda desconfiarem dos baixos lucros mensais obtidos, mesmo sem conseguir visitar o local com frequência, já que moram no Recife.

Em meio às investigações, um dos suspeitos foi preso no bairro da Cohab, em Agrestina, na última quinta-feira (6), em posse de um mandado de prisão em aberto. No entanto, o nome do acusado não foi divulgado pela Polícia Civil. Os irmãos, que trabalhavam na fazenda, contrataram caminhões boiadeiros para transportar os animais furtados e os revendiam em feiras da região, se passando por gerentes da propriedade.

Além do furto dos bois, os suspeitos também comercializavam o leite produzido na fazenda de maneira ilegal, sem repassar os valores aos verdadeiros donos. A situação só levantou suspeitas quando os proprietários perceberam a falta de dinheiro das vendas mensais e decidiram fazer uma contagem do rebanho, encontrando apenas cerca de 50 animais no pasto.

Muitos dos bois furtados estavam marcados com as iniciais do proprietário, o que pode facilitar a identificação dos animais furtados. Parte do rebanho ainda pode ser recuperada, no entanto, as negociações foram feitas em dinheiro vivo, dificultando o rastreamento dos valores e o ressarcimento dos prejuízos causados aos verdadeiros donos.

A raça Nelore, da qual os bois furtados faziam parte, é reconhecida por sua resistência e adaptabilidade, sendo um dos destaques no cenário da pecuária nacional. Sua popularidade se dá pela qualidade da carne, com alto sabor e baixo teor de gordura, além de sua capacidade reprodutiva e resistência a doenças e parasitas. Até o momento, o segundo irmão suspeito ainda não foi preso, e as investigações continuam em andamento para esclarecer os detalhes do crime.