José Gieteski estava dentro de uma casa que foi arremessada com a força do vento, desencadeando uma tragédia em sua família e na cidade de Rio Bonito do Iguaçu no Centro-Sul do Paraná. O filho da vítima relata que o tornado atingiu a residência em questão de segundos sem dar chances para a família se protegerem. O impacto foi tão violento que a casa foi jogada a uma distância de aproximadamente 30 metros e as madeiras desabaram em cima de José Gieteski, resultando em sua morte.
A região de Rio Bonito do Iguaçu sofreu graves consequências com a passagem do tornado, que deixou cerca de 90% dos imóveis destruídos, além de provocar a morte de seis pessoas e ferir mais de 750 indivíduos. Mais de 1000 moradores ficaram desabrigados, levando as autoridades locais a montar abrigos emergenciais com o auxílio de cidades vizinhas. O caos foi tal que a esposa de José Gieteski, que o acompanhava no momento da tragédia, foi arremessada para o lado oposto, sofrendo fraturas nas costelas e permanecendo internada em estado grave.
O fato de José Gieteski ter sido uma figura querida na comunidade era ressaltado por seu filho, Antonio, que o descreve como um pai exemplar, preocupado com o bem-estar da família e extremamente correto em suas atitudes. O sentimento de perda e tristeza tomou conta da família e da cidade, que se mobilizou para prestar apoio e assistência às vítimas do tornado. O sepultamento de José Gieteski aconteceu no domingo, com a presença de seus familiares e amigos que lamentavam a prematura partida.
O tornado classificado como EF3, com ventos de até 250 km/h, causou estragos significativos em Rio Bonito do Iguaçu, fazendo parte de uma tempestade supercelular, de acordo com informações do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). A intensidade do fenômeno foi suficiente para devastar casas, danificar propriedades e derrubar postes de energia, gerando um cenário de destruição e desespero entre os moradores.
A escala Fujita, que mede a intensidade dos tornados, preliminarmente classificou o fenômeno que atingiu o Paraná como F2, equivalente a ventos entre 180 km/h e 250 km/h. No entanto, posteriormente, o meteorologista Samuel Braun confirmou que se tratava de um tornado EF3, atingindo a marca de 250 quilômetros por hora. A cidade de Rio Bonito do Iguaçu enfrentava agora o desafio de se reconstruir e se reerguer diante da devastação provocada pelo tornado.
A comunidade unia esforços para superar a tragédia e proporcionar apoio mútuo a todos os afetados pelo desastre natural. A solidariedade e a empatia demonstradas no cenário de destruição traziam um sinal de esperança em meio à desolação, evidenciando a força e a resiliência dos moradores. A reconstrução seria um longo processo, mas a união e a determinação guiariam o caminho rumo à recuperação e à reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu. A tragédia deixada pelo tornado se transformava em uma história de superação e solidariedade.




