Frustração e revolta: indígenas e ambientalistas de Rondônia perdem eventos na COP30 após atraso de voo
O atraso de mais de quatro horas em um voo fez com que um grupo de participantes, que seguiriam de Porto Velho para a COP30, perdesse as conexões necessárias para prosseguir viagem. Nenhuma das companhias aéreas que atuam em Rondônia oferece voos diretos para Belém, o que aumenta a complexidade das rotas e a possibilidade de contratempos.
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) acontecerá entre os dias 10 a 21 de novembro em Belém, e a indígena e jornalista Luciene Kaxinawá estava entre os passageiros prejudicados. Ela relatou ter ficado mais de quatro horas aguardando uma solução da companhia aérea, com um bebê de colo, e afirmou ter tido um prejuízo significativo de R$ 10 mil somente com as passagens.
Luciene, que é coordenadora-geral da Articulação Brasileira de Indígenas Jornalistas (Abrinjor), perdeu a oportunidade de participar do pré-lançamento do Manual de Redação do Jornalismo Indígena e de integrar um painel sobre a presença de mulheres indígenas nas COP, ambos eventos previstos para os dias 13 e 12 de novembro, respectivamente.
O ambientalista Edjales Benício também teve sua participação comprometida, com atrasos que o impediram de cumprir compromissos profissionais importantes na COP30. Ele lamentou a falta de suporte da companhia aérea diante dos prejuízos financeiros e profissionais causados pelo incidente.
A Azul, responsável pelo voo atrasado, não se manifestou sobre o ocorrido até o momento. A situação dos passageiros afetados reflete a importância de um planejamento adequado e de suporte eficiente por parte das companhias aéreas, especialmente em eventos de grande relevância como a COP30. A expectativa é que medidas sejam tomadas para minimizar os impactos causados por essa situação inesperada.




