Novo álbum de Djavan, ‘Improviso’, explora universo autoral do artista em 11 músicas inéditas e regravação icônica.

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Djavan se movimenta com soberania no álbum ‘Improviso’ dentro do ilimitado universo particular da obra do artista.

Djavan lança o álbum ‘Improviso’ com onze músicas inéditas e a regravação de ‘O vento’, canção lançada na voz de Gal Costa em 1987 — Foto: Mar + Vin / Divulgação.

No mundo a partir de hoje, 11 de novembro, Improviso flagra Djavan em liberdade, se movimentando com soberania dentro do ilimitado universo particular da singular obra autoral apresentada pelo artista ao Brasil há 50 anos com a defesa do samba Fato consumado no palco do festival Abertura, promovido pela TV Globo em 1975.

O título Improviso pode sugestionar o ouvinte a pensar que há dose maior de jazz na fina mistura de sons e ritmos que compõem a obra do artista. De fato, há um jazz livre como o amor cantado na levada aliciante de Um affair, joia da safra autoral deste 26ª álbum do cantor, compositor e violonista alagoano, nascido em Maceió (AL) e residente no Rio de Janeiro (RJ) desde o início da década de 1970.

“Um affair, do jeitinho que se quer / Não é pra todo mundo, não / Num harém, o pecado é de ninguém / Tudo é de graça / Nada se tem”, canta Djavan, se livrando das correntes afetivas. Antes, a música Um brinde já propusera – no envolvente single inicial apresentado em 25 de setembro – um coquetel de jazz e amor.

Contudo, a rigor, a dose de jazz é em essência a mesma de álbuns anteriores. Assim como a embalagem das músicas, formatadas no estúdio, sob a batuta do próprio Djavan, produtor musical de Improviso, álbum gravado com músicos recorrentes na discografia do artista.

Imune ao vírus contagiante das modas e modismos musicais, Djavan jamais contaminou a obra com os vícios mercadológicos. Improviso poderia ter sido feito em 1990, mas foi gerado em 2025, abrindo alas para a turnê retrospectiva que percorrerá o Brasil a partir de maio de 2026, celebrando os 50 anos do primeiro álbum do cantor, A voz, o violão, a música de Djavan, lançado em 1976.

Se ali o samba era o gênero dominante, por imposição do diretor da gravadora Som Livre, em Improviso há somente um samba, Cetim, com o canto aveludado do artista e a cadência que é somente de Djavan e de mais ninguém.

No álbum atual, imerso em atmosfera de requinte já conhecida pelos seguidores do cantor, a autoridade do compositor se impõe com as harmonias sinuosas e as “notas incertas” mencionadas em verso da letra da música-título Improviso.

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