Justiça aceita nova denúncia e Binho Galinha vira réu em processo

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Justiça aceita nova denúncia do Ministério Público do Estado da Bahia e Binho Galinha passa a ser réu em mais um processo. A denúncia foi apresentada em outubro e acusa o deputado estadual de manter a liderança do grupo criminoso mesmo após a deflagração da Operação El Patrón. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) aceitou a nova denúncia contra o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, e outras 12 pessoas. Com a decisão, assinada em 5 de novembro pela juíza Márcia Simões Costa, os acusados passam a ser réus em mais um processo relacionado à Operação El Patrón.

O Ministério Público do Estado da Bahia acusa o grupo de utilizar “laranjas” para movimentar recursos e ocultar bens. Além disso, o deputado teria permanecido na liderança do esquema criminoso, desrespeitando as medidas cautelares impostas anteriormente. A denúncia apresentada descreve de forma clara e detalhada os fatos e as condutas atribuídas a cada acusado no contexto de uma organização criminosa. Entre os réus estão a companheira de Binho Galinha, Mayana Cerqueira da Silva, o filho do parlamentar, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, e outros nove investigados.

Por outro lado, o Tribunal de Justiça da Bahia arquivou parcialmente o inquérito em relação a alguns investigados e delitos, por falta de provas suficientes. Crimes como receptação qualificada contra Binho Galinha e lavagem de dinheiro relacionada ao pagamento de honorários advocatícios foram arquivados devido à falta de evidências. Organização criminosa e lavagem de capitais contra João Guilherme Escolano também foram arquivados, pois ele já responde por esses crimes em outro processo.

A defesa de Binho Galinha contesta as acusações e ressalta que o deputado jamais esteve foragido. A prisão dos familiares do parlamentar é vista como desproporcional e desumana. Afirmam ainda que a operação da última quarta-feira foi marcada por excessos e ilegalidades. Medidas judiciais cabíveis serão tomadas para restabelecer a legalidade e responsabilizar os abusos cometidos. A defesa reafirma a inocência do deputado e seus familiares diante do que consideram uma evidente perseguição.

Binho Galinha foi preso no dia 3 de outubro e está custodiado em uma Sala de Estado-Maior dentro do Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. A determinação da prisão foi resultado de um entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a situação, mesmo com o foro privilegiado. A maioria dos ilícitos investigados é anterior ao mandato do deputado, o que levou à determinação de que o caso seja processado em primeira instância.

O caso de Binho Galinha e sua suposta ligação com uma organização criminosa suspeita de diversos crimes tem gerado grande repercussão na região. Diante das acusações e do andamento do processo, a verdade sobre as ações do deputado e seus familiares ainda está em discussão. A conclusão do caso dependerá dos desdobramentos das investigações e decisões judiciais subsequentes.

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