A redução das tarifas de metrô e trem no Rio de Janeiro era uma possibilidade que estava sendo considerada, mas recentemente a secretária estadual de Transporte e Mobilidade Urbana, Priscila Sakalem, reconheceu que não será possível concretizar essa medida. Essa proposta, inicialmente anunciada por seu antecessor, Washington Reis, dependia da assinatura do governador Cláudio Castro. No entanto, diante das restrições orçamentárias enfrentadas pelo Estado, Sakalem solicitou a suspensão de uma campanha publicitária, estimada em R$ 15 milhões, que iria divulgar a novidade.
Em maio, o então secretário de Transporte estimava que a redução das tarifas resultaria em um aumento significativo no número de passageiros nos modais sobre trilhos. O metrô, que possui atualmente uma tarifa de R$ 7,90, teria um salto de 650 mil para 900 mil usuários, enquanto o trem, com tarifa de R$ 7,60, sairia de 358 mil para 600 mil clientes diariamente. Washington Reis projetava um custo de R$ 500 milhões aos cofres públicos em 2026, o qual seria financiado pelo Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (FECP).
A movimentação para a implementação da redução das tarifas envolveu a autorização para uma campanha publicitária intitulada “Tarifa RJ”, destinada a informar o público sobre o novo valor acessível. Após a solicitação de Sakalem para suspender a campanha devido às restrições orçamentárias, o processo foi paralisado, e a Subsecretaria de Comunicação Social e Publicidade foi acionada para tomar as medidas necessárias.
Enquanto isso, as barcas que operam na região tiveram uma redução de tarifa após um convênio entre a Barcas Rio e a prefeitura de Niterói. O valor das linhas de Charitas, Arariboia, Cocotá e Paquetá foi ajustado para tornar o transporte mais acessível para os passageiros. O governo do estado reforçou que a redução das tarifas dos transportes ainda é uma política pública em andamento, mas que será necessário realizar estudos para viabilizar a nova tarifa, considerando o déficit orçamentário previsto para 2026.
Por sua vez, o MetrôRio enfatizou a importância da implementação de uma política tarifária que torne os modais sobre trilhos mais acessíveis à população. A concessionária apontou que o Rio de Janeiro possui a tarifa mais cara do país devido à falta de subsídio universal para os passageiros, e destacou que em outras cidades o subsídio corresponde a mais de 50% do valor da tarifa técnica. A empresa se comprometeu a colaborar com o governo estadual na busca por soluções que incentivem o uso do transporte de alta capacidade.
Em resumo, a decisão de não reduzir as tarifas de metrô e trem no Rio de Janeiro foi tomada devido às restrições orçamentárias enfrentadas pelo estado. Apesar disso, o governo mantém o compromisso de estudar alternativas para tornar o transporte público mais acessível, levando em consideração a situação financeira e as projeções futuras. A colaboração entre as entidades envolvidas será fundamental para encontrar soluções que atendam às necessidades da população fluminense.




