Operação policial desmantela esquema de estelionato com deepfake de Lula em site falso do governo, causando prejuízo de R$ 1,3 milhão.

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Criminosos que usavam vídeo com deepfake de Lula para aplicar golpes em site falso do governo são alvos da polícia no RS

Contas de anúncios e perfis “aquecidos” para redes sociais eram vendidos e usados para alcançar vítimas, evitar bloqueios e facilitar fraudes. O prejuízo causado a vítimas em todos os estados brasileiros com o esquema ultrapassa R$ 1,3 milhão.

A Polícia Civil realiza, na manhã desta quarta-feira (12), uma operação contra um grupo criminoso suspeito de estelionato usando sites falsos e deepfakes em todo o país. A ação, realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, cumpriu nove mandados de busca e apreensão, além de bloquear contas bancárias e bens dos investigados em Minas Gerais e São Paulo. A operação contou com apoio das polícias civis desses dois estados. O nome da operação faz referência ao serviço oferecido pelos investigados: a venda de contas de anúncios e perfis “aquecidos” (com muitos seguidores) para redes sociais, que seriam usados para alcançar pessoas, driblar bloqueios e facilitar fraudes.

O prejuízo causado a vítimas em todos os estados brasileiros com o esquema ultrapassa R$ 1,3 milhão. Segundo as investigações, em um dos casos, a organização criminosa enganava vítimas com a promessa de uma indenização do governo. O golpe começava com anúncios pagos em redes sociais, que direcionavam para páginas falsas que imitavam o site oficial do Governo Federal. Para dar credibilidade, os criminosos utilizavam vídeos manipulados com inteligência artificial, exibindo figuras públicas que “confirmavam” o benefício. As vítimas, muitas delas idosas, eram induzidas a informar o CPF e, depois, pagar uma taxa via PIX para liberar um valor que chegaria a quase R$ 6 mil. O dinheiro era enviado para uma empresa de pagamentos controlada pelo grupo e, em seguida, transferido para contas de laranjas. Para dificultar o rastreamento, os criminosos usavam serviços de proxy e VPN.

O esquema era comandado por dois jovens de Conselheiro Lafaiete (MG): um deles, de 24 anos, dono do gateway de pagamentos, e o outro, de 25, responsável pela parte técnica e pela infraestrutura de anonimato. A investigação revelou que o dinheiro do golpe também chegava a um integrante em São Paulo. A Polícia Civil informou que o grupo mirava, principalmente, pessoas acima de 70 anos, incluindo idosos com mais de 80 anos. Durante a operação, cerca de 50 policiais participaram do cumprimento das ordens judiciais, que incluem apreensão de dispositivos eletrônicos, veículos de luxo e bloqueio de valores para ressarcimento das vítimas.

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