Polícia Federal investiga líder ligado à grupo religioso por possível uso de termos como códigos para crimes

policia-federal-investiga-lider-ligado-a-grupo-religioso-por-possivel-uso-de-termos-como-codigos-para-crimes

A Polícia Federal está investigando se o grupo liderado por Rodrigo Manga utilizava termos religiosos como códigos para a prática de crimes. Documentos obtidos de forma exclusiva pelo DE e pela TV TEM revelam mensagens de um apóstolo enviadas ao prefeito de Sorocaba (SP) perguntando se ele “está precisando de um milagre”. Rodrigo Manga foi afastado de suas funções e é apontado pelas autoridades policiais como o líder de uma organização criminosa.

Segundo os documentos acessados, os termos religiosos eram utilizados para a execução de atos ilegais por um grupo supostamente liderado por Rodrigo Manga. A investigação da Polícia Federal aponta que essas palavras serviam como uma espécie de código, com mensagens como: ‘Quer um milagre hoje?’ A presença de tais práticas sugere uma conexão entre a atividade criminosa e a linguagem religiosa empregada.

Na conversa examinada, o líder religioso Estevam Hernandes Filho, ligado à chamada Igreja Renascer, questiona Rodrigo Manga sobre a necessidade de um milagre. Essas mensagens foram encontradas no celular do prefeito durante a primeira fase da Operação Copia e Cola, que investiga supostas irregularidades e atividades ilícitas envolvendo o grupo que ele liderava.

A Polícia Federal também identificou a existência de uma “contabilidade paralela” que registrava pagamentos de propina por empresas que buscavam obter contratos com a Prefeitura de Sorocaba (SP). Anotações detalhadas indicam os valores recebidos por indivíduos ligados ao poder público, bem como os nomes das empresas envolvidas nesses esquemas de corrupção.

Além disso, a esposa de um dos investigados mantinha suas próprias anotações financeiras para controlar despesas pessoais do grupo, incluindo mensalidades, custos com condomínio e outros gastos. A contabilidade sugere que recursos de origem ilícita eram utilizados para custear essas atividades, colocando em evidência a gravidade das práticas investigadas pela Polícia Federal.

As defesas dos envolvidos afirmam que estão colaborando com as investigações e que contestam a legalidade do processo conduzido pela Polícia Federal. A documentação e as declarações em relação às operações financeiras estão sendo apresentadas como prova da idoneidade das transações realizadas. Todos os mencionados declaram inocência e negam qualquer ligação com atividades ilícitas.

A Operação Copia e Cola, realizada pela Polícia Federal em Sorocaba, visa desvendar supostas irregularidades na administração pública e investigar esquemas criminosos ligados ao grupo de Rodrigo Manga. As autoridades continuam conduzindo as investigações para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos pelas práticas ilícitas identificadas ao longo do processo. A população aguarda por novos desdobramentos sobre essa complexa e controversa situação.

Box de Notícias Centralizado

🔔 Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram e no WhatsApp