Queda de avião agrícola é o 45º acidente aéreo no centro-oeste e oeste paulista em 10 anos; 15 pessoas morreram no período. Segundo o Cenipa, 50% dos acidentes no centro-oeste e oeste paulista ocorreram por erro operacional. Na última terça-feira (11), a queda de um avião agrícola, entre Barra Bonita e Jaú (SP), matou o piloto Alessandro Guirro, de 52 anos. A região registra 45 acidentes aéreos e 15 mortes em dez anos, aponta o Cenipa.
A queda de um avião agrícola que matou o piloto, na tarde de terça-feira (11), entre Barra Bonita e Jaú (SP), foi o 45º acidente aéreo registrado nas regiões centro-oeste e oeste do estado de São Paulo nos últimos 10 anos. No total, 15 pessoas morreram neste período. O levantamento da TV TEM e do DE, com base em dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), mostra que 12 dos 45 acidentes tiveram vítimas fatais. Metade das ocorrências foi causada por fatores operacionais, segundo a classificação do órgão.
O Cenipa considera acidente aeronáutico toda ocorrência relacionada à operação de uma aeronave, o que inclui aviões, helicópteros, planadores, balões e similares, desde o embarque até o desembarque. Uma ocorrência é classificada quando ocorre pelo menos uma das seguintes situações: há morte ou ferimentos graves de pessoas a bordo ou em decorrência do voo, danos estruturais na aeronave, desaparecimento ou inacessibilidade à aeronave.
Em 2025, cinco acidentes já foram registrados no painel do Cenipa. O último deles, nesta terça-feira, matou Alessandro Guirro, de 52 anos. O piloto fazia a pulverização de uma área de canavial quando a aeronave caiu, por volta das 16h30. A morte foi confirmada no local. Segundo informações do boletim de ocorrência, ele tinha 30 anos de experiência na aviação e trabalhava há três anos na empresa que presta serviços para uma usina da região. O enterro está previsto para quinta-feira (13), às 10h.
O ano de 2020 foi o que registrou mais acidentes aéreos nas regiões centro-oeste e oeste paulista nos últimos 10 anos: sete no total, sendo três com mortes, que resultaram em quatro vítimas fatais. Entre os casos, estão a queda de um balão em um terreno na área central de Ibitinga, que matou um homem de 32 anos e um jovem de 19, e o acidente que vitimou o cabo da Polícia Militar Alexandre Luís Batista, de 43 anos, que morreu ao cair do helicóptero Águia durante um treinamento em um aeródromo particular em Álvares Machado (SP).
Em junho de 2024, um piloto de 51 anos morreu na queda de um avião de pequeno porte no aeroclube de Bauru (SP). A morte de Igor Reis foi confirmada pela assessoria do “Arraiá Aéreo”, evento realizado no fim de semana anterior, do qual ele havia participado como atração. No início do mesmo ano, em janeiro, um planador caiu em uma área rural às margens da Rodovia Marechal Rondon (SP-300), entre Lençóis Paulista e Areiópolis (SP). O piloto, identificado como Sérgio Alonso, advogado especializado em acidentes aeronáuticos e que chegou a atuar no caso da queda do avião que matou a cantora Marília Mendonça, morreu no local.
Outro caso ocorreu em fevereiro de 2018, quando um avião agrícola caiu em um canavial às margens da Rodovia Marechal Rondon (SP-300), próximo a Promissão (SP). A aeronave, de matrícula PT-URM, explodiu logo após o impacto. O piloto, Guilherme Torres, de 26 anos, morador de Guararapes (SP), morreu na hora. Mais casos na última década mostram a preocupação com a segurança aérea nessas regiões.




