A prisão de Alexandre Stefanutto, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), realizada nesta quinta-feira (13), foi amplamente celebrada por políticos de direita nas redes sociais. Muitos deles aproveitaram a oportunidade para vincular a imagem do investigado ao presidente Lula, responsável por sua nomeação. O senador pelo Paraná, Sergio Moro, do partido União Brasil, mencionou em seu perfil no X que Stefanutto ‘compareceu na CPMI do INSS todo arrogante’ e que há ‘suspeitas fundadas de que é mais um ladrão de aposentados e pensionistas’. Ele também destacou que a indicação de Stefanutto foi feita por Lula. Já o senador pelo Espírito Santo, Magno Malta, do PL, utilizou a prisão para criticar o atual governo, chamando-o de ‘desgoverno’ com a volta do Partido dos Trabalhadores ao poder. Ele enfatizou que a prisão do ex-presidente do INSS expõe as práticas do governo, que ele descreve como ‘aparelhamento, desvio e transformação do que pertence ao povo em negócios escusos’. Citando o vice Geraldo Alckmin, Malta afirmou que o PT voltou com as mesmas práticas corruptas. O senador por Minas Gerais, Carlos Viana, do Podemos, adotou uma postura mais neutra em relação às críticas partidárias. Ele declarou que a prisão de Alexandre Stefanutto confirma aquilo que ele vem denunciando desde o início da CPI dos Roubos dos Aposentados. Viana afirmou que o Brasil está diante de um esquema criminoso organizado que lesou aposentados, pensionistas, viúvas e órfãos em todo o país. Segundo Viana, a ação criminosa não teria sido executada por uma única pessoa, destacando a necessidade de investigar mais envolvidos no esquema. O deputado federal por Rondônia, Coronel Chrisóstomo, do PL, comemorou a prisão de Stefanutto como uma ‘excelente notícia’, citando descontos ilegais em aposentadorias. Em sua publicação, ele incluiu uma montagem de fotos onde o presidente Lula aparece destacado. O deputado estadual do Rio Grande do Sul, Delegado Zucco, do partido Republicanos, considerou a prisão como mais uma evidência do caos e da corrupção que se instalaram nos órgãos públicos sob o comando do PT. Ele compartilhou uma foto dos dois envolvidos, Lula e Stefanutto juntos, destacando que mais um ‘amigo de Lula’ foi preso. A prisão de Stefanutto faz parte da Operação Sem Desconto, que investiga descontos ilegais de aposentados e pensionistas do INSS para entidades associativas. A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União cumpriram 10 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares em 14 estados e no Distrito Federal. Os crimes investigados incluem inserção de dados falsos em sistemas oficiais, formação de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação patrimonial. A operação foi desencadeada em abril, após descoberta de descontos irregulares de mensalidades de entidades associativas de aposentados. Suspeita-se de um esquema fraudulentos que resultou em um montante de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Após a revelação, o INSS suspendeu acordos de cooperação técnica com sindicatos e associações, que permitiam descontos nas folhas de pagamento dos benefícios previdenciários. O escândalo veio à tona em abril, levando à demissão de Stefanutto do cargo. A prisão do ex-presidente do INSS é vista como mais um capítulo na investigação do esquema de fraudes que causou prejuízos significativos aos aposentados e pensionistas.




