Uma ex-nora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sendo investigada pela Polícia Federal por supostamente ter participado da liberação de recursos do Ministério da Educação (MEC) para uma empresa suspeita de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos. Carla Ariane Trindade, ex-mulher do filho do ex-presidente, Marcos Cláudio Lula da Silva, foi alvo de um mandado de busca e apreensão durante a Operação Coffee Break em Campinas, São Paulo.
A defesa de Carla Trindade afirmou ter solicitado acesso aos autos e que irá se manifestar após estudar detalhadamente a investigação. O Palácio do Planalto, os demais citados e o MEC não se pronunciaram. Carla e Marcos foram casados por quase 20 anos e têm um filho juntos. A PF apreendeu documentos e dispositivos eletrônicos na residência da ex-nora de Lula.
A investigação está relacionada à empresa Life Tecnologia Educacional e ao empresário André Mariano, acusado de superfaturar o fornecimento de kits escolares para prefeituras. Carla teria sido contratada por Mariano para obter benefícios do governo federal. A Justiça Federal de Campinas apontou indícios de que Carla teria influência em decisões do governo federal e viajou a Brasília custeada por Mariano duas vezes.
As comunicações de Carla estão sob investigação para identificar possíveis favorecimentos à empresa de Mariano. O inquérito também apura se o empresário Kalil Bittar fazia parte do esquema. As viagens de Carla a Brasília ao lado de Mariano, bem como anotações encontradas nos celulares do empresário, vinculam a ex-nora de Lula a possíveis atuações no FNDE ligadas ao MEC.




