A Justiça concede a liberdade provisória condicionada a um indivíduo que confessou o feminicídio de uma grávida. Com 43 anos, ele ficará encarcerado no Presídio de Pesqueira por até cinco dias, apenas enquanto aguarda a instalação da tornozeleira eletrônica. O crime chocante ocorreu em São Bento do Una.

Durante uma audiência de custódia no Fórum de Pesqueira, a Justiça determinou que o homem de 43 anos, que admitiu ser responsável pelo assassinato de Júlia Eduarda Andrade dos Santos, fosse colocado em liberdade provisória após a instalação do dispositivo de monitoramento, previsto para acontecer em até cinco dias. Ele estava detido desde o momento do flagrante por ocultação de cadáver.

O juiz homologou o flagrante, mas negou a prisão preventiva, visto que o crime em questão, ocultação de cadáver, tem pena máxima de três anos. A decisão levou em consideração que o acusado não possui antecedentes criminais e a eventual condenação tenderia a um regime mais brando, tornando descabido decretar a prisão preventiva nesse caso.

O Ministério Público solicitou a prisão preventiva pelo feminicídio, que já havia sido confessado pelo acusado. Porém, o juiz explicou que a avaliação desse pedido compete a outra instância judicial, da Comarca de São Bento do Una, onde o crime ocorreu e para onde o processo será encaminhado para análise.

O suspeito ficará apenas o tempo necessário no Presídio de Pesqueira para a instalação da tornozeleira eletrônica, sendo liberado caso o equipamento não seja colocado dentro do prazo estabelecido. Ao sair da prisão, ele terá que cumprir diversas medidas cautelares, como manter o endereço atualizado, comparecer mensalmente à Justiça e não consumir substâncias ilícitas.

O crime chocou a população da região, pois a vítima, Júlia Eduarda, de 26 anos, estava desaparecida desde a manhã da quarta-feira, 5 de novembro, sendo encontrada sem vida no dia 12, em uma área rural. A comoção foi grande e moradores se mobilizaram em busca de informações que levassem ao paradeiro da jovem.

O suspeito foi preso em flagrante e autuado por feminicídio e ocultação de cadáver, após confessar o assassinato cometido com um martelo. O caso segue em investigação e agora está sob a responsabilidade da Justiça de São Bento do Una. A população local pede por justiça diante da brutalidade do crime.