Grupo ligado ao CV movimentou R$ 30 milhões em 11 meses em São João de Meriti,
diz polícia
Segundo as investigações, o dinheiro vinha da cobrança de taxas de moradores e
comerciantes, além da exploração de serviços em bairros como Bacia do Éden,
Castelinho e regiões adjacentes. O irmão do Marcos Henrique Matos de Aquino
(Republicanos) faz parte do esquema, segundo as investigações.
Polícia faz operação contra o Comando Vermelho na Baixada Fluminense
As investigações da Polícia Civil do RJ apontaram que o grupo
criminoso ligado ao Comando Vermelho (CV) que atua em São João de Meriti, na Baixada
Fluminense, alvo de uma operação na manhã desta sexta-feira (14),
movimentou cerca de R$ 30 milhões em apenas 11 meses.
Segundo as investigações, o dinheiro vinha da cobrança de taxas de moradores e
comerciantes, além da exploração de serviços em bairros como Bacia do Éden,
Castelinho e regiões adjacentes.
A Justiça do RJ expediu 16 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão. Ao
todo, oito pessoas foram presas: quatro por mandados e quatro em flagrante —
entre elas, o vereador Marcos Henrique Matos de Aquino (Republicanos), que não era alvo inicial
da operação, mas foi encontrado com uma arma registrada em nome de outra pessoa
e medicamentos de uso controlado. Aquino foi o vereador mais votado em 2024 no
município.
Um dos alvos de mandado de busca era o empresário Luiz Paulo Matos de Aquino,
irmão do vereador Marcos Aquino. De acordo com a polícia, Luiz Paulo faria parte
do CV.
A lista de remédios apreendida com o vereador inclui antidepressivos,
antipsicóticos, antiepiléticos, anti-inflamatórios e remédios para dor aguda.
Agora, os investigadores vão apurar se o vereador tem ligação com o Comando
Vermelho e qual a origem e finalidade dos remédios encontrados.
A operação teve como objetivo conter a expansão da facção na Baixada e
desarticular a estrutura financeira do grupo, que, segundo os agentes, vinha se
fortalecendo com a cobrança de taxas e a exploração de serviços clandestinos.
A defesa de Marcos alegou perseguição política. Já sobre Paulo, os advogados
informaram que buscam desestabilizar sua imagem perante a sociedade civil.




