Cruzeiro e Mineirão mantêm conversas há 45 dias do fim do contrato; entenda cenário
Partes têm boa relação e creem em acerto, mas time celeste se resguarda com bloqueio de datas que são do Governo de Minas Gerais
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Cruzeiro e Minas Arena seguem em busca de acordo para renovação do contrato de utilização do Mineirão. O vínculo entre concessionária e clube é válido até o fim deste ano. Ao mesmo tempo que há otimismo das partes por um acerto, a diretoria cruzeirense estuda possibilidades pensando nos jogos de 2026.
As partes têm mantido diálogo constante, ao longo de praticamente todo o ano, apresentando os desejos e dificuldades para mudanças em relação ao acordo que está vigente. Ainda não há, de fato, um contrato pronto para ser assinado.
Até em função disso, o Cruzeiro não trata as negociações efetivamente como travadas, aguardando uma proposta concreta para possíveis ajustes e assinatura do acordo. Pedro Lourenço, dono da SAF, trata do tema pessoalmente, com Marcone Barbosa e Bernardo Mota.
Apesar de o cenário não ser totalmente pessimista, o Cruzeiro se movimentou nos últimos dias para garantir o estádio mesmo que não chegue a um acordo com a Minas Arena. Para isso, solicitou ao Comitê de Cultura, Esporte e Lazer o bloqueio de 36 das 60 datas as quais o Governo de Minas Gerais tem direito pelo contrato da parceria público-privada.
Esse pedido do Cruzeiro é apenas uma forma de se preservar em meio à ausência de acerto, mas a expectativa é de que não seja necessário usar essas datas. A informação da intenção de bloqueio das datas foi noticiada pela Central da Toca e confirmada pelo ge. À reportagem, a Minas Arena informou, por meio de nota, que mantém boa relação com a Raposa e segue aberta ao diálogo.
De forma paralela à negociação com a Minas Arena, o Cruzeiro também tem diálogo aberto com o América-MG para utilização do Independência. No entanto, a parceria alinhada visa jogos do feminino e das categorias de base, e não o profissional masculino.
A prioridade total de Pedro Lourenço é que os jogos do Cruzeiro sigam no Mineirão – até por isso foi pedido o bloqueio das datas do Governo de Minas –, ainda que esteja no radar mandar algumas partidas no Independência. O que pode acontecer em maior escala caso o acordo com a Minas Arena se arraste.
