Menina de 7 anos que perdeu membros precisa de tratamento fora de PE para não perder a visão
Sem especialistas no estado, família de Caruaru busca apoio financeiro para levar Selene a São Paulo, onde médico realiza terapia experimental com células-tronco.
Luta pela qualidade de vida: campanha tem objetivo impedir que Selene Amorim perca visão [https://s02.video.glbimg.com/x240/14105313.jpg]
Aos 7 anos, a pernambucana Selene Amorim precisa realizar um tratamento experimental com células tronco em São Paulo. A menina enfrenta consequências de uma infecção generalizada sofrida após um quadro de pneumonia aos 5 anos. O quadro conhecido como sepse provocou amputações em quatro membros e uma lesão na córnea que ameaça tirar toda a visão dos olhos.
A menina mora em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, e precisou ser transferida para Recife, por falta de vaga na UTI pediátrica em Caruaru na época da internação. Foi na capital que passou por quatro amputações: a mão direita, os dedos da mão esquerda, os dedos do pé direito e parte da perna esquerda. A sepse também afetou fígado, rins e outras áreas do corpo, exigindo hemodiálise e tratamentos contínuos.
Selene tem imunodeficiência, condição que enfraquece as defesas do corpo e, segundo a mãe, provocou seis pneumonias em pouco tempo antes do quadro mais grave. A doença impede ainda que ela receba vacinas, pois o organismo não absorve a proteção, deixando-a vulnerável a infecções como tuberculose, meningite e hepatites.
De acordo com a família, nenhum especialista em Pernambuco conseguiu atuar especificamente no tratamento ocular da criança. Pela internet, a mãe encontrou um médico em São Paulo que realiza um procedimento experimental com células-tronco e vê nessa possibilidade uma chance de preservar a visão da filha.
A família entrou com uma ação judicial para que o plano de saúde cubra o tratamento, mas o processo segue sem decisão final. Enquanto aguarda, a mãe organiza campanhas para arrecadar doações que ajudem com os custos de deslocamentos e estadia na capital paulista.
A mãe de Selene cursa técnico em enfermagem e está na fase de estágio. Ela afirma que decidiu estudar para oferecer os melhores cuidados possíveis à filha em casa. Nas redes sociais, Roseli compartilha a rotina de Selene e os desafios da reabilitação no perfil do Instagram “Juntos por Selene”, onde recebe apoio de seguidores que se inspiram na história da menina.




