Financiamento climático: Promovendo a sustentabilidade ambiental e econômica para comunidades.

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A importância do financiamento climático possui destaque no cenário atual, com um foco especial na proteção do meio ambiente e no auxílio às comunidades que dependem diretamente dos recursos naturais para sua sobrevivência. Um exemplo inspirador é o caso da aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima, em Ilhéus, que utilizou um empréstimo para recuperar áreas de Mata Atlântica na região. Esse financiamento estava disponível pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), uma iniciativa do governo que promove condições especiais para os agricultores, como juros mais baixos e prazos maiores de pagamento.

A comunidade Tupinambá, formada por 11 famílias, recebeu um empréstimo de cerca de R$ 50 mil para plantar cacau com melhoramento genético, com o objetivo de promover a agrofloresta, um método de cultivo que preserva a natureza enquanto garante a produção de alimentos. Essa prática se torna ainda mais relevante ao considerarmos que a Mata Atlântica é um dos biomas mais devastados do Brasil, restando apenas 24% de sua cobertura nativa, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica.

Por meio do cabruca, sistema de cultivo utilizado pelos indígenas da aldeia, é possível manter a floresta em pé e promover o desenvolvimento de diversas espécies agrícolas, como cacau, bananeiras, coqueiros, feijão e mandioca. Além disso, a associação com o Pronaf permitiu não só a recuperação de áreas desmatadas, mas também a geração de renda para as famílias locais, garantindo assim a sustentabilidade econômica e ambiental do projeto.

O financiamento climático, tema central da COP30, promove iniciativas que visam reduzir as emissões de poluentes e preparar regiões para os desafios climáticos, como secas e enchentes. No Brasil, a agropecuária sustentável é essencial para ajudar o país a atingir suas metas climáticas, visto que é responsável por 28% das emissões de poluentes, após o desmatamento. Nesse contexto, o crédito rural se destaca como uma das principais fontes de recursos para financiar práticas sustentáveis, especialmente para pequenos produtores e comunidades tradicionais.

O Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus) criou a iniciativa CredAmbiental para facilitar o acesso dessas comunidades ao crédito rural, capacitando-as para a solicitação dos recursos. Os chamados “ativadores de crédito” auxiliam os produtores em todas as etapas do processo, desde a obtenção dos documentos necessários até a preparação do projeto de investimento. Essa abordagem visa não apenas garantir o uso correto dos recursos, mas também promover a produtividade e a sustentabilidade das atividades agrícolas.

O programa “Florestas Produtivas”, lançado pelo governo federal, segue uma proposta semelhante, oferecendo capacitação em técnicas sustentáveis e atendimento personalizado para os produtores rurais. Com o apoio dessas iniciativas, é possível promover o crescimento econômico das comunidades locais, ao mesmo tempo em que se preserva o meio ambiente e se combate as mudanças climáticas. Assim, o financiamento climático se torna um instrumento crucial na busca por um desenvolvimento equilibrado e sustentável para todos.

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