Governadores como Ronaldo Caiado (União-GO) estão marcando presença em Brasília em busca de apoio e colaboração dos deputados para fazer alterações no projeto antifacção. Até o momento, Caiado foi o único a confirmar sua viagem à capital federal para realizar um ‘corpo a corpo’ com os parlamentares. Na semana anterior, também estiveram em Brasília os governadores Cláudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG) e Jorginho Mello (PL-SC), além da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP). No entanto, a maioria dos governadores optou por focar em atividades nos seus respectivos Estados.
Existe uma cautela por parte dos governadores em relação às polêmicas envolvendo o parecer do relator, Guilherme Derrite (PP-SP). Há a preocupação de que os impasses no projeto possam ter um impacto negativo nos gestores estaduais. Ronaldo Caiado tem como prioridade convencer Derrite a reintroduzir a parte que equipara o crime organizado ao terrorismo, medida bastante defendida pela direita. Essa emenda foi retirada do projeto devido a questionamentos jurídicos sobre possíveis interferências estrangeiras no país.
A avaliação dos governadores é de que, no início das discussões sobre segurança pública, a direita obteve uma repercussão positiva com a formação do ‘Consórcio da Paz’ e declarações polêmicas do presidente Lula. No entanto, os recentes impasses no projeto podem ter um impacto negativo. O risco de respingar nos gestores estaduais preocupa o grupo, que busca maneiras de contornar a situação de forma estratégica.
O corpo a corpo de Caiado com os deputados visa não apenas angariar apoio para as mudanças no projeto antifacção, mas também dissipar receios e clarificar pontos-chave. A presença dos governadores em Brasília demonstra a relevância e a urgência dessas questões. A mobilização dos gestores estaduais é vista como essencial para garantir que as demandas e preocupações dos estados sejam devidamente consideradas durante as discussões legislativas.
Apesar dos receios em relação ao ‘risco Derrite’, os governadores estão determinados a buscar soluções e alternativas para garantir que o projeto antifacção atenda às necessidades e expectativas de seus estados. A colaboração e o diálogo entre os líderes estaduais e os parlamentares em Brasília são fundamentais para o avanço e a eficácia das medidas de segurança pública em todo o país.
