BRB injetou R$ 16,7 bilhões no Banco Master: indícios de gestão fraudulenta | Investigação revela tentativa de compra e esquema fraudulento.

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BRB injetou R$ 16,7 bilhões no Banco Master entre 2024 e 2025; MP vê indícios de gestão fraudulenta

BRB tentou fechar acordo para comprar o Banco Master, com apoio do governador do DF. Negociação foi barrada pelo Banco Central.

Master queria inflar patrimônio ilegalmente, aponta investigação

A investigação da Polícia Federal que levou à prisão do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, nesta terça-feira (18), encontrou indícios de que os dirigentes do Banco de Brasília (DE) cometeram gestão fraudulenta da instituição.

Ao longo de meses, o DE tentou fechar um acordo para comprar o Banco Master. A operação tinha o apoio do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), mas foi barrada pelo Banco Central.

Em uma decisão obtida pela TV Globo, consta que o Ministério Público Federal identificou “indícios de participação consciente dos dirigentes do DE no suposto esquema fraudulento engendrado pelos gestores do Banco Master”.

Segundo o documento, o DE injetou R$ 16,7 bilhões no Master, entre 2024 e 2025. A atuação dos dirigentes dos bancos teria, segundo o MP, “opcasionado prejuízos à higidez do Sistema Financeiro Nacional, e principalmente à própria instituição por eles administrada, havendo indícios de cometimento por parte dos gestores do DE do crime previsto no artigo 4° da Lei 7.492/86”.

O artigo citado pelo MP diz respeito ao crime de “gerir fraudulentamente instituição financeira”. É um crime contra o sistema financeiro nacional, com pena prevista de 3 a 12 anos de reclusão e multa.

No documento, o MPF relata que o Banco Master comprou carteiras de crédito de uma empresa chamada Tireno, mas não fez nenhum pagamento, porque a existência dos créditos não foi confirmada. Em seguida, o Master revendeu esses mesmos créditos ao DE e recebeu R$ 12,2 bilhões por eles. O BRB só decidiu desfazer o negócio depois que os R$ 12,2 bilhões já tinham sido transferidos.

Segundo o Banco Central, entre maio e abril deste ano, o DE recebeu outros R$ 4 bilhões em carteiras de crédito do Banco Master, e pagou os respectivos prêmios à instituição.

A Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, nesta segunda-feira (17) no aeroporto de Guarulhos. A investigação aponta que o Master emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado. Esse esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões.

Já o presidente do Banco de Brasília (DE), Paulo Henrique Costa, foi afastado de seu cargo. Segundo o banco, o afastamento tem duração de 60 dias. Ibaneis Rocha (MDB) também disse que vai indicar Celso Eloi de Souza Cavalhero para assumir a presidência do DE.

A situação envolvendo o Banco Master e o Banco de Brasília traz à tona questões sérias sobre a gestão financeira e a transparência nas instituições bancárias. É importante que investigações rigorosas sejam feitas para garantir a segurança e integridade do sistema financeiro nacional.

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