Promotor solicita avaliação do Ministério Público para intervenção judicial no Corinthians
Um documento elaborado pelo promotor Cassio Conserino, responsável pelas investigações sobre o uso inadequado de cartões corporativos no Corinthians, foi enviado à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social sugerindo a possibilidade de intervenção judicial no clube.
Na representação de 55 páginas, datada de 11 de novembro, Conserino elenca 25 motivos que fundamentariam a abertura de um inquérito ou de uma ação civil pública. Esses motivos incluem o mau uso de cartões corporativos, desaparecimento de materiais esportivos e supostas relações com o crime organizado.
O promotor, por atuar na esfera criminal, não possui a competência para solicitar a intervenção judicial. Por essa razão, encaminhou a representação para outra promotoria, onde o pedido está sob análise, mantendo-se em sigilo.
Os motivos apresentados na representação de Conserino incluem laudos de auditores externos apontando irregularidades, denúncias contra ex-presidentes por associação criminosa e lavagem de dinheiro, investigações em curso sobre desvios de material esportivo, entre outros.
Além disso, são relatadas questões como o não cumprimento do regime centralizado de execuções, pagamento de dívidas extintas através de confissões questionáveis, gestão temerária, emissão de notas fiscais suspeitas, indícios de crime organizado e falhas na gestão financeira e institucional.
A lista completa dos motivos apontados pelo promotor inclui ainda questões relacionadas a contratos duvidosos, licenciamento de marcas, relações com empresas de fachada e supostas irregularidades em diversos setores do clube.
Com a notícia em atualização, o Corinthians se vê diante de um cenário de incertezas e possíveis desdobramentos legais que podem impactar profundamente sua estrutura e administração. A sede do clube, localizada no Parque São Jorge, é o epicentro de um escândalo que promete abalar as estruturas do futebol paulista.




