O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, afirmou ter ‘razões de sobra’ para desmantelar a ciclovia na Avenida da República, criada em 2024 por seu antecessor. Ele declarou que a decisão não foi baseada em promessas eleitorais, mas sim em questões pertinentes durante uma reunião do executivo municipal. A retirada da ciclovia, anunciada em novembro, causou uma providência cautelar da MUBi – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta. Menezes destacou nunca ter observado o uso da ciclovia por ciclistas durante suas visitas à Avenida da República.
Para o presidente, as pistas para bicicletas em áreas urbanas devem ser avaliadas com cuidado. Ele argumentou que a ciclovia em questão era interrompida no meio da avenida, o que a tornava ainda menos viável. Menezes reforçou que a decisão foi ponderada e sublinhou seu histórico na criação de quilômetros de pistas na Área Metropolitana do Porto. Ele ainda enfatizou a legalidade da remoção da ciclovia e negou a necessidade de compensação financeira, uma vez que não foi financiada pela União Europeia.
O vereador do PS, João Paulo Correia, criticou a inversão de procedimentos ao desmontar a ciclovia antes de submeter a anulação das posturas de trânsito à votação. Menezes rebateu afirmando não acreditar que todas as questões de trânsito devem passar pela assembleia municipal. A construção da ciclovia foi aprovada previamente em reuniões da câmara e da assembleia. A discussão gerou divergências entre os partidos, com o vereador do PS pedindo mais respeito aos processos instituídos.



