Servidores do Rio de Janeiro reagem à liquidação do Banco Master: o que aconteceu e como isso afeta os benefícios?

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Servidores do estado do Rio de Janeiro reagiram com indignação à liquidação do Banco Master, decretada pelo Banco Central nesta terça-feira. O Rioprevidência, responsável pelo pagamento de aposentadorias e pensões de mais de 235 mil servidores, fez aportes no banco e em fundos administrados por ele, totalizando cerca de R$ 2,6 bilhões, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Essa notícia abalou a confiança dos servidores, que temem pela segurança de seus benefícios.

Para Roberto Carlos Teixeira, membro do Fórum Permanente de Servidores Públicos do Estado do Rio, a decisão do Banco Central foi uma “tragédia anunciada”. Ele criticou a falta de transparência e a gestão irresponsável dos recursos do Rioprevidência, que agora se vê em uma situação delicada devido aos aportes feitos no Banco Master. O silêncio da máquina pública diante desse cenário preocupa os servidores.

Rosilene Almeida da Silva, do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio, também expressou sua revolta com a situação, classificando os aportes no Banco Master como um absurdo. Segundo ela, o dinheiro do Rioprevidência foi colocado em risco sem o devido cuidado e consideração com aqueles que dependem desses benefícios. A falta de transparência e a má gestão dos recursos têm sido recorrentes no governo estadual.

O deputado Luiz Paulo, responsável pela denúncia que deu início à apuração do TCE, alertou que os aportes feitos pelo Rioprevidência no Banco Master podem se tornar um prejuízo de R$ 900 milhões. Com a suspensão da Lei 11010/25, que destinaria parte dos recursos do Rioprevidência para pagamento da dívida pública, o fundo se tornou vulnerável. Sem a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos, esses investimentos se tornaram arriscados.

Diante desse cenário, o presidente da Comissão de Servidores Públicos da Alerj, Flávio Serafini, solicitou ao Ministério Público Federal uma investigação criminal e financeira sobre a gestão do Rioprevidência. A preocupação com possíveis crimes como peculato-desvio, corrupção e lavagem de dinheiro levou o parlamentar a pedir por uma apuração rigorosa dos fatos. A segurança dos aposentados e pensionistas é uma prioridade.

O Rioprevidência, em nota, garantiu que o pagamento de aposentadorias e pensões está assegurado, sem riscos para os segurados do estado. Apesar dos aportes no Banco Master, o fundo afirmou que o valor depositado é inferior ao da folha mensal paga aos beneficiários. No entanto, a situação ainda gera preocupações e incertezas entre os servidores, que esperam por uma solução que proteja seus direitos e benefícios.

O Tribunal de Contas do Estado revelou que o Rioprevidência investiu cerca de R$ 1 bilhão no Banco Master entre maio e julho, além dos R$ 960 milhões aplicados em Letras Financeiras. Mesmo após alertas sobre irregularidades, novos investimentos foram feitos, comprometendo uma parcela significativa dos recursos do fundo. Essa gestão inadequada levou a autarquia a assumir riscos desnecessários e prejudiciais aos servidores.

É fundamental que as autoridades competentes investiguem a fundo as decisões tomadas em relação aos investimentos do Rioprevidência e que medidas sejam tomadas para proteger os interesses dos servidores públicos estaduais. A transparência e a responsabilidade na gestão dos recursos previdenciários são essenciais para garantir a segurança e tranquilidade dos beneficiários. A situação atual demanda ações rápidas e eficazes para resolver essa crise anunciada.

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