PL Antifacção enfraquece Polícia Federal, diz Haddad; aguarda sanção presidencial

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Haddad afirma que o PL Antifacção aprovado na Câmara dos Deputados pode enfraquecer a Polícia Federal e o combate ao crime. Aprovado na terça-feira (18), o texto ainda precisa passar pelo Senado e pela sanção do presidente antes de se tornar lei.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o chamado PL Antifacção, destacando que ele está na contramão do combate ao crime. Segundo ele, o projeto, aprovado na Câmara dos Deputados, pode enfraquecer operações e a Polícia Federal.

O texto foi aprovado na Câmara na noite de terça (18) e estabelece um novo marco legal para o enfrentamento de organizações criminosas. Enviado pelo governo ao Congresso, passou por modificações sob relatoria do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP).

Haddad apontou que o projeto enfraquece operações, asfixia financeiramente a Polícia Federal e cria expedientes que podem beneficiar advogados de organizações criminosas no Judiciário.

O governo tem resistido à aprovação do texto e criticado as mudanças feitas por Derrite, como a alteração nas atribuições da Polícia Federal. O relator chegou a propor equiparação da atuação de facções criminosas a terrorismo, mas retirou a proposta do texto após pressão do governo.

Derrite se licenciou do cargo de secretário de Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para relatar o projeto. Tarcísio, aliado histórico de Bolsonaro, pode se tornar um dos principais oponentes de Lula nas eleições de 2026.

Haddad ressaltou que o projeto “asfixia financeiramente” a Polícia Federal e a Receita Federal, fragilizando as operações de fronteira da aduana. Ele afirmou que, apesar das intenções, o projeto vai na direção contrária do que é necessário, facilitando a vida dos líderes do crime organizado.

O ministro ainda destacou que o governo fez vários apelos que não foram ouvidos, ressaltando a importância de repensar o texto e suas consequências para o combate efetivo ao crime no país.

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