Esquema de sonegação fiscal no DF: empresa fantasma e ‘laranjas’ sonegaram R$ 15 milhões em impostos

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Empresa fantasma e ‘laranjas’: esquema de empresários do DF sonegou mais de R$ 15 milhões em impostos
Uma empresa situada no Gama, atuante no ramo de padarias e farmácias, foi alvo de uma investigação policial que revelou um esquema sofisticado de sonegação fiscal. Entre os anos de 2017 e 2022, os responsáveis pela empresa sonegaram um total de R$ 15,5 milhões em impostos, causando prejuízos aos cofres públicos e à sociedade.
A Polícia Civil desencadeou uma operação para desarticular o esquema que utilizava empresas fantasmas e “laranjas” para sonegar impostos. A rede de padarias e farmácias do Gama, no Distrito Federal, era o foco da ação policial, que identificou a prática ilegal e iniciou as medidas necessárias para responsabilizar os envolvidos.
O esquema fraudulento consistia no uso de maquininhas de cartão de crédito registradas em nome de uma empresa fantasma e de dois laranjas. Apesar das maquininhas estarem registradas em cadastros falsos, eram utilizadas pelas padarias e farmácias do grupo, o que resultava em duas formas de sonegação: a não recolha dos tributos da “empresa fantasma” e a redução artificial do faturamento das empresas beneficiárias.
Segundo a Polícia Civil, ficou comprovado que a “empresa fantasma” era operada, na realidade, por alguns dos sócios e responsáveis da rede de padarias e farmácias. A investigação teve como ponto de partida informações da Receita do Distrito Federal sobre os CNPJs suspeitos de fraudes, o que levou à identificação dos culpados e à deflagração da operação.
Durante a operação, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão nas regiões do Gama, Santa Maria, Ceilândia e Valparaíso de Goiás, tendo como alvos oito pessoas ligadas ao grupo empresarial, incluindo os sócios reais, os laranjas e o contador do grupo. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, mas sem relação direta com a operação.
Além das buscas, houve o bloqueio de bens e a apreensão de seis veículos. Os investigados podem responder por até cinco crimes, como sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, associação criminosa e organização criminosa, de acordo com a Polícia Civil. O caso está em andamento, e novas informações podem surgir à medida que as investigações avançam.
A defesa do grupo empresarial emitiu uma nota na qual nega as irregularidades e se compromete a colaborar com as autoridades para esclarecer os fatos. O escritório PENHA ALVES ADVOGADOS ASSOCIADOS, representante legal das redes de Padarias e Farmácias, assegurou a legalidade e a transparência das atividades da empresa, colocando-se à disposição para colaborar com as investigações e provar a inocência da cliente. Medidas judiciais estão sendo tomadas para garantir a defesa dos acusados e a correta apuração dos fatos.

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