Os colegas negros foram desaparecendo do caminho à medida que Leandro Alves avançava na educação. O cenário se repetiu desde a infância na periferia de Guarulhos até sua posição atual como professor na Escola Politécnica da USP.
Ministrando Estatística no Departamento de Engenharia de Produção, Leandro destaca a raridade da presença negra entre os docentes da Poli. Embora nunca tenha sido discriminado, ele observa a surpresa ao se apresentar como professor negro jovem nesta área.
Essa representatividade é fundamental para inspirar alunos negros, incentivando sua entrada e permanência nas universidades. Além disso, contribui para criar um ambiente acadêmico mais inclusivo e diverso para todos os estudantes.
Com políticas afirmativas desde 2023, a USP reserva vagas para pretos, pardos e indígenas em concursos públicos para professores. Essas ações visam corrigir desigualdades históricas e aumentar a representatividade de grupos sub-representados.
Leandro ressalta que, apesar das cotas, a seleção ainda exige que os candidatos atendam aos requisitos e passem por todas as fases eliminatórias. Sua trajetória desde o cursinho pré-vestibular até se tornar professor é prova de que o talento e a dedicação são fundamentais.
O engenheiro negro destaca que o caminho para a docência não foi facilitado pelas cotas, mas sim pela sua capacidade e esforço. Inspirando alunos e quebrando estereótipos, Leandro Alves é um exemplo de superação e dedicação na educação superior.




