Clínica veterinária cria ritual de despedida com carta e pelos: ‘Primeiro dia no céu’ – Saiba mais sobre essa iniciativa comovente.

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Clínica veterinária cria ritual de despedida com carta e pelos de pets para amenizar luto de tutores: ‘Primeiro dia no céu’

Victória Kohlmann, médica veterinária da clínica de São José do Rio Preto (SP), explicou que a ideia surgiu neste ano, a partir da própria experiência com a morte da primeira cadela.

Entre exames, internações e diagnósticos difíceis, uma clínica veterinária de São José do Rio Preto (SP) resolveu adotar uma abordagem mais cuidadosa para o momento que nenhum tutor quer enfrentar: a despedida do animal de estimação.

Para ajudar tutores a lidarem com a perda, a clínica entrega um cartão de despedida, simulando o pet narrando o “primeiro dia no céu”, e um frasco com os pelos do animal como recordação. A carta é ainda assinada com um “carimbo” da pata.

Para muitos, os animais de estimação são considerados membros da família. Dessa forma, lidar com a partida deles pode ser um momento doloroso. Pensando nisso, funcionários da clínica IntensiCare, localizada no Jardim Alto Rio Preto, decidiram colocar a ideia em prática. Os cães Tigrão e Léo são exemplos. Assista ao vídeo acima.

Em entrevista ao DE, Victória Kohlmann, médica veterinária da clínica, explicou que a ideia surgiu neste ano, a partir da própria experiência com a morte da primeira cadela, quando ainda era adolescente. Segundo ela, os rituais de despedidas podem ajudar no processo de luto.

“Tenho certeza que, se tivesse tido a oportunidade de ter um ritual como esse, de ter como lembrança a mecha dela ou o carimbo da patinha, teria me ajudado muito. Portanto, defendo a importância desses gestos”, comenta Victória.

A entrega dos cartões varia conforme a situação: em alguns casos, a clínica prepara o corpo do animal para o ritual de despedida em uma sala reservada e coloca a carta e os pelos ao lado. Em outros, a lembrança é entregue na saída da clínica, de modo que o tutor pode levar o material para casa.

Victória lembra o caso de um paciente em paliativo, cujos tutores não conseguiram ver o corpo do animal após a morte. A equipe, então, preparou a carta, o carimbo da pata e do focinho, além do pelo. Dias depois, a tutora retornou à clínica e foi presenteada pela veterinária, que lhe entregou a carta e o frasco.

“Nós duas ficamos muito emocionadas. Ela agradeceu muito por termos lembrado e feito isso mesmo ela não querendo guardar nada dele em um primeiro momento. Isso reforçou para nós o quanto é uma prática importante e reconfortante”, relembra a médica.

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