Paralisados nesta quinta-feira (20), os trabalhadores da empresa 1001 continuam sem acordo com os empresários do transporte público em São Luís. Enquanto isso, a Transportes Marina retomou suas atividades na quarta-feira (19) após o pagamento dos funcionários, mas os moradores de 15 bairros que dependem das linhas da empresa 1001 ainda enfrentam dificuldades para circular na capital maranhense.
A greve dos motoristas já completa uma semana na Grande Ilha e a situação segue sem perspectiva de resolução. A empresa 1001 também efetuou o pagamento de salários dos funcionários ativos, porém, benefícios como ticket alimentação e plano de saúde não foram contemplados. Por outro lado, mais de 230 funcionários demitidos aguardam o pagamento de direitos trabalhistas que ainda não foram fornecidos.
Enquanto perdura o impasse, o Sindicato das Empresas de Transporte (SET) e a Prefeitura de São Luís não alcançam um consenso quanto ao repasse do subsídio, gerando um conflito que impacta diretamente os rodoviários e a população da cidade. Em meio a esse cenário de incertezas, o Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA) intimou o SET a comprovar os pagamentos referentes aos salários e auxílio-alimentação dos trabalhadores.
Na busca por soluções alternativas, a Prefeitura de São Luís disponibilizou vouchers para corridas por aplicativo no valor de 30$ (ida e volta) como forma de minimizar o impacto da paralisação para os moradores da cidade. Entretanto, o impasse persiste e a Justiça do Trabalho alerta que a falta de comprovação dos pagamentos essenciais pode acarretar em multas diárias, intensificando ainda mais a tensão entre as partes envolvidas.
O conflito entre o SET e a Prefeitura de São Luís não é recente e a falta de repasse de subsídios agravou a crise no sistema de transporte público da capital. Com um acordo homologado pelo TRT-MA que não vem sendo cumprido, a situação se torna cada vez mais crítica, ameaçando inclusive a paralisação total do sistema de transporte. Enquanto isso, a população é impactada diretamente pela redução da frota de ônibus em circulação, resultado de decisões judiciais que visam garantir o mínimo atendimento durante greves.




